25 de abr 2025
Israel expressa condolências tardias pela morte do papa Francisco em meio a tensões
Israel expressa descontentamento com a morte do Papa Francisco, enviando apenas seu embaixador ao funeral, em meio a críticas ao Vaticano.
O papa Francisco se encontra com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, no Vaticano, em 2 de dezembro de 2013. (Foto: Alessandra Tarantino/AP)
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Israel expressou condolências pela morte do Papa Francisco, ocorrida recentemente, mas a resposta foi marcada por controvérsias. Quatro dias após o falecimento, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou uma mensagem breve, que contrastou com uma postagem inicial mais calorosa que foi rapidamente deletada. O país enviará apenas seu embaixador ao funeral, em um gesto que reflete o descontentamento com as críticas do Papa à conduta israelense na guerra em Gaza.
A mensagem oficial de condolências foi publicada na conta do primeiro-ministro e dizia: "O Estado de Israel expressa suas mais profundas condolências à Igreja Católica e à comunidade católica mundial pela morte do Papa Francisco. Que ele descanse em paz." A postagem anterior, que incluía uma foto do Papa no Muro das Lamentações, foi retirada sem explicações, gerando especulações sobre a razão da exclusão.
A relação entre Israel e o Vaticano se deteriorou após o início da guerra em Gaza, com o Papa criticando os ataques israelenses como "imorais" e sugerindo que poderiam ser classificados como genocídio. Durante seu papado, Francisco frequentemente expressou solidariedade com os palestinos, o que desagradou a líderes israelenses. O ex-embaixador de Israel no Vaticano, Raphael Schutz, descreveu a exclusão da mensagem inicial como um erro.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi o único a emitir condolências imediatas, elogiando Francisco como um homem de "profunda fé e compaixão". No entanto, não há planos para sua presença no funeral, que ocorrerá em um sábado, dia sagrado para os judeus. Em contraste, líderes de várias nações, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estarão presentes.
A decisão de enviar apenas o embaixador ao funeral foi justificada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Oren Marmorstein, que afirmou que isso se deve a conflitos de agenda e ao Shabat. "Israel será representado de forma mais oficial no funeral através do nosso embaixador," disse Marmorstein, enfatizando que a participação não indica tensão com o Vaticano.
A ausência de líderes israelenses no funeral pode evidenciar a crescente rixa entre o governo de Netanyahu e o Vaticano, especialmente em um momento em que o Papa era visto como um defensor da paz e da solidariedade inter-religiosa.
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