24 de abr 2025
Papa Francisco é lembrado por sua defesa do genocídio armênio após sua morte aos 88 anos
Papa Francisco faleceu aos 88 anos, gerando reações na Armênia e na Turquia, destacando sua defesa do genocídio armênio.
Memorial do Genocídio Armênio em Erevan (Foto: Filipe Barini)
Ouvir a notícia:
Papa Francisco é lembrado por sua defesa do genocídio armênio após sua morte aos 88 anos
Ouvir a notícia
Papa Francisco é lembrado por sua defesa do genocídio armênio após sua morte aos 88 anos - Papa Francisco é lembrado por sua defesa do genocídio armênio após sua morte aos 88 anos
O Papa Francisco faleceu aos 88 anos, gerando reações significativas em todo o mundo, especialmente na Armênia. O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, expressou seu pesar nas redes sociais, ressaltando a “liderança destacada” do Pontífice em prol da justiça e da paz. Francisco foi um defensor da memória do genocídio armênio, que ocorreu há 110 anos, e suas declarações sobre o tema causaram tensões diplomáticas com a Turquia.
Durante seu papado, Francisco reconheceu o genocídio armênio em várias ocasiões. Em 2015, ele descreveu o massacre como “o primeiro genocídio do Século XX”. Essa posição gerou reações adversas da Turquia, que nunca aceitou a caracterização das mortes como genocídio. O governo turco chegou a retirar seu embaixador na Santa Sé após declarações do Papa sobre o tema.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também se manifestou sobre a morte do Papa, expressando sua tristeza e elogiando os esforços de Francisco em questões humanitárias. Ele mencionou o conflito na Faixa de Gaza, referindo-se a ele como “genocídio”. Apesar das tensões, a Igreja Apostólica Armênia mantém boas relações com o Vaticano, e a Igreja Católica Armênia segue as orientações do Papa.
Francisco visitou a Armênia em 2016, onde plantou uma árvore em homenagem ao genocídio. Sua postura sobre o tema foi clara, afirmando que a tragédia armênia foi “uma série de deploráveis catástrofes” motivadas por ideais raciais e ideológicos. A diretora do Museu-Instituto do Genocídio Armênio, Edita Gzoyan, destacou que a questão do reconhecimento do genocídio é uma questão de justiça para a humanidade.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.