Síria busca normalizar relações com Israel e aliviar sanções dos EUA

O novo presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, manifestou interesse em normalizar as relações com Israel e discutir a retirada das sanções dos Estados Unidos. A declaração ocorreu após uma reunião com o congressista americano Cory Mills na semana passada, em Damasco.

Mills relatou que conversou com Sharaa sobre as condições para o alívio das sanções econômicas e a possibilidade de paz com Israel. Durante o encontro, Sharaa expressou disposição para aderir aos Acordos de Abraão, desde que sejam estabelecidas condições adequadas. Esses acordos visam a normalização das relações entre Israel e países árabes.

A nova liderança síria busca pressionar os EUA e a Europa para suspender as sanções, que têm impactado severamente a economia do país, devastada por mais de uma década de guerra civil. Mills e o congressista Marlin Stutzman foram os primeiros legisladores americanos a visitar a Síria desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro.

Sharaa discutiu com Mills por cerca de noventa minutos questões relacionadas às sanções e ao Irã. O congressista afirmou que entregará uma carta de Sharaa ao ex-presidente Donald Trump, embora não tenha revelado seu conteúdo. Mills se mostrou "cautelosamente otimista" sobre a possibilidade de diálogo.

Os EUA apresentaram uma lista de condições para o alívio das sanções, incluindo a remoção de combatentes estrangeiros de posições de liderança. No entanto, a interação do governo Trump com os novos líderes sírios tem sido limitada. Stutzman destacou a importância de evitar que a Síria se aproxime de potências como China e Rússia.

Sharaa reconheceu a complexidade da normalização com Israel, mencionando as guerras passadas e a questão das Colinas de Golã, ocupadas por Israel desde mil novecentos e sessenta e sete. A desconfiança de Israel em relação ao novo governo sírio persiste, especialmente devido a laços anteriores com grupos extremistas.