Política

Junta militar de Myanmar busca legitimação após terremoto devastador e crise humanitária

Terremoto em Myanmar abre oportunidades para o regime militar, que busca legitimidade regional em meio à crise humanitária e guerra civil.

Foto de um grupo de pessoas em uma praia durante o pôr do sol. (Foto: Reprodução)

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Myanmar enfrenta uma grave crise humanitária após um terremoto de 7,7 graus em março de 2023, que resultou em mais de 3.700 mortes. O líder militar, Min Aung Hlaing, busca legitimidade regional em meio à guerra civil que se intensificou após o golpe de 2021.

O terremoto devastou o centro do país, exacerbando uma situação já crítica, com três milhões de deslocados devido ao conflito. Min Aung Hlaing fez um apelo por ajuda internacional, buscando abrir canais de diálogo que estavam fechados desde o golpe. Kyaw Hsan Hlaing, estudante de doutorado em ciência política, afirmou que o general está aproveitando a crise humanitária para se engajar com líderes regionais.

Recentemente, Min Aung Hlaing se reuniu com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, em Bangkok. O encontro, o primeiro de alto nível desde o golpe, focou na assistência humanitária e na extensão de um cessar-fogo militar. Anwar descreveu a conversa como "franca e construtiva".

A situação política em Myanmar é complexa. O general enfrenta resistência significativa, controlando apenas cerca de 30% do território. Observadores alertam que as eleições planejadas para 2025 não serão livres ou justas, dado o contexto de repressão e a exclusão de líderes democráticos. Min Aung Hlaing convidou observadores de Belarus, levantando preocupações sobre a legitimidade do processo eleitoral.

A comunidade internacional debate a melhor forma de engajar com o regime militar. Sihasak Phuangketkeow, ex-ministro das Relações Exteriores da Tailândia, sugere que a crise pode ser uma oportunidade para promover o diálogo. Contudo, muitos acreditam que o regime não pode ser confiável, dado seu histórico de promessas não cumpridas e violência contínua.

A situação humanitária é alarmante. Com 20 milhões de pessoas necessitando de assistência, a ajuda é crucial. Grupos de direitos humanos alertam que a normalização das relações diplomáticas pode fortalecer o regime autoritário, enquanto a violência persiste em áreas de oposição. A entrega de ajuda humanitária e um cessar-fogo são vistos como passos essenciais para qualquer diálogo significativo.

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