Cresce o interesse de americanos por vistos europeus após reeleição de Trump

Casal de lésbicas inter-raciais deixa EUA após retorno de Trump ao cargo

Doris Davis e Susie Bartlett, um casal de lésbicas inter-raciais de Nova York, decidiram se mudar para a Europa após o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A decisão reflete um aumento no interesse de americanos em emigrar devido a preocupações políticas e sociais.

Davis, de 69 anos, e Bartlett, de 52, afirmam que estavam dispostas a dar uma chance a Trump em seu primeiro mandato, mas ficaram alarmadas com o retorno dele ao cargo e o fim de políticas que promoviam a igualdade racial e os direitos LGBTQ+. “Amamos este país, mas não amamos o que ele se tornou”, declarou Davis. O casal está avaliando opções de imigração, com foco em Portugal e Espanha, e considera vistos de nômade digital ou aposentadoria.

Dados do governo e entrevistas com empresas de realocação indicam que um número crescente de americanos está considerando se mudar para a Europa após a eleição de Trump. Os pedidos de passaportes irlandeses nos EUA atingiram o nível mais alto em uma década nos primeiros meses de 2025, com um aumento de cerca de 60% em relação ao ano anterior. Na França, os pedidos de visto de longa permanência por americanos também cresceram, passando de 1.980 para 2.383 no mesmo período.

Consultores de imigração notam que a eleição de Joe Biden em 2020 já havia gerado interesse em emigrar, especialmente entre eleitores republicanos. Contudo, o retorno de Trump à presidência intensificou essa busca, com muitos expressando preocupações sobre a direção política e social do país. A situação atual tem levado americanos a reconsiderar suas opções de vida fora dos Estados Unidos.