Política

Talibã impõe torturas públicas a mulheres acusadas de "crimes morais" no Afeganistão

Repressão brutal do Talibã no Afeganistão resulta em torturas públicas de mulheres, com mais de mil vítimas desde 2021.

Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução/Unsplash/Imad Alassiry)

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Desde o retorno do Talibã ao poder em 2021, o Afeganistão tem enfrentado um aumento alarmante na repressão, especialmente contra mulheres. Recentemente, três mulheres relataram torturas públicas, incluindo chicotadas, após serem acusadas de "crimes morais". Desde então, mais de mil pessoas, incluindo duzentas mulheres, foram submetidas a essas punições.

As mulheres foram punidas por ações como sair de casa sem um parente do sexo masculino ou serem vistas conversando com homens não relacionados. As vítimas contaram ao The Guardian e ao portal afegão Zan Times que foram forçadas a confessar os supostos crimes antes de serem agredidas.

Deeba, uma costureira de trinta e oito anos, foi presa duas vezes pela "polícia da moralidade" do Talibã. Na primeira detenção, alugou uma máquina de costura de um homem não parente e foi chamada de "prostituta". Em outra ocasião, foi presa por estar em uma lanchonete com um celular. Após ser condenada a 25 chicotadas, Deeba foi agredida em público e agora luta contra o trauma.

Casos de Tortura

Sahar, de vinte e dois anos, também sofreu abusos. Após ser detida com um primo, foi forçada a confessar um relacionamento amoroso com ele, mesmo com a presença de familiares que confirmaram o vínculo. Ela recebeu 30 chicotadas, enquanto seu primo foi condenado a 70. A pressão social após a punição forçou Sahar a deixar sua aldeia.

Karima, de dezesseis anos, foi detida enquanto viajava com um primo. Após dois meses na prisão, onde sofreu abusos, ela e o primo foram açoitados em público. Karima recebeu 39 chicotadas e seu primo, 50. Após a humilhação, ela foi proibida de sair do país e teve que mudar de cidade.

Esses relatos evidenciam a grave situação das mulheres no Afeganistão sob o regime talibã, onde a repressão e a violência se tornaram práticas comuns.

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