11 de mai 2025
Milhares protestam na Alemanha contra a AfD após classificação como grupo extremista
Protestos em mais de 60 cidades da Alemanha pedem a proibição da AfD após sua classificação como grupo extremista pelo BfV.
Pessoas se reúnem para protestar contra o partido alemão de extrema-direita, AfD (Foto: Raphaelle LOGEROT / AFP)
Ouvir a notícia:
Milhares protestam na Alemanha contra a AfD após classificação como grupo extremista
Ouvir a notícia
Milhares protestam na Alemanha contra a AfD após classificação como grupo extremista - Milhares protestam na Alemanha contra a AfD após classificação como grupo extremista
Milhares de pessoas protestaram neste domingo, 11 de maio de 2025, em mais de sessenta cidades da Alemanha, exigindo a proibição do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD). A manifestação foi motivada pela recente classificação do serviço de inteligência alemão (BfV) que rotulou a AfD como um "grupo extremista".
Em Berlim, a polícia estimou a presença de cerca de três mil manifestantes, enquanto organizadores afirmaram que o número ultrapassou sete mil. O evento, convocado pelo grupo Zusammen gegen Rechts (Juntos Contra a Direita), ocorreu no icônico Portão de Brandemburgo. Os participantes carregavam bandeiras de arco-íris e cartazes com mensagens de repúdio ao fascismo.
A AfD, que obteve 20% dos votos nas últimas eleições, enfrenta crescente pressão política. A classificação do BfV, que foi suspensa temporariamente enquanto o partido recorre na justiça, gerou tensões internas e externas. O novo chefe de Governo, Friedrich Merz, lidera uma coalizão de conservadores e social-democratas em um cenário político conturbado.
Autoridades dos Estados Unidos também se manifestaram, acusando o governo alemão de tentar cercear a oposição. O BfV justificou sua decisão afirmando que a AfD promove uma "compreensão étnica do povo", desvalorizando grupos populacionais e violando a dignidade humana, especialmente em relação a refugiados e migrantes. Em resposta, líderes da AfD, Alice Weidel e Tino Chrupalla, alegaram que a classificação ataca a liberdade de expressão e a crítica legítima às políticas migratórias.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.