14 de mai 2025
Reino Unido defende acordo comercial com os EUA e nega veto sobre investimento chinês
Reino Unido e EUA firmam acordo comercial, mas China critica exclusão de produtos chineses e teme impacto nas cadeias de suprimentos.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: Saul Loeb - 27.fev.2025/AFP)
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O governo do Reino Unido defendeu o acordo comercial firmado com os Estados Unidos, que revisa tarifas sobre exportações britânicas, especialmente em setores como aço e automóveis. A China criticou o acordo, afirmando que ele pode prejudicar seus interesses ao excluir produtos chineses das cadeias de suprimentos britânicas.
A China expressou preocupações sobre o impacto do acordo, destacando que "cooperar entre países não deve prejudicar os interesses de terceiros", conforme afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian. O governo britânico, por sua vez, reafirmou que o comércio com a China continua sendo importante e que não há um veto sobre investimentos chineses no acordo.
O acordo com os EUA, que foi o primeiro desde a imposição de tarifas recíprocas por Donald Trump, inclui condições que exigem que o Reino Unido atenda rapidamente às demandas dos EUA sobre a segurança das cadeias de suprimentos de produtos de aço e alumínio. As tarifas de dez por cento sobre a maioria das mercadorias britânicas ainda permanecem, mas o acordo reduziu ou eliminou tarifas em algumas exportações britânicas.
O governo britânico argumentou que o acordo é "do interesse nacional para garantir milhares de empregos em setores-chave" e que o comércio e investimento com a China continuam a ser prioridades. A relação entre o Reino Unido e a China pode ser complicada, uma vez que Pequim teme que acordos comerciais com os EUA possam ser usados para pressionar outros países a excluir a China de suas cadeias de suprimentos.
A tensão entre os EUA e a China se intensificou com a guerra comercial, mas ambos os países concordaram em uma trégua de noventa dias, reduzindo tarifas de ambos os lados. O governo britânico continua a buscar um equilíbrio nas relações comerciais, enfatizando a importância de manter laços com a China enquanto avança com o acordo com os EUA.
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