15 de mai 2025
Tensões aumentam na Linha de Controle após ataque em Pahalgam e violências crescentes
Tensões entre Índia e Paquistão aumentam após ataque em Pahalgam, com mortes e suspensão do Tratado de Águas do Indo.
Um homem está dentro de sua casa atingida por bombardeios em Salamabad, Uri, perto da Linha de Controle na Caxemira administrada pela Índia. (Foto: AFP)
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A recente escalada de hostilidades entre Índia e Paquistão, após um ataque em Pahalgam, resultou em pelo menos 16 mortes do lado indiano e 40 do lado paquistanês, embora a veracidade desses números ainda seja debatida. O ataque provocou bombardeios ao longo da Linha de Controle (LoC), que separa as duas nações na região da Caxemira, levando à destruição de casas e à perda de vidas.
A situação se agravou com a suspensão do Tratado de Águas do Indo pela Índia, um acordo crucial que regula o uso das águas do rio Indo entre os dois países. Em resposta, o Paquistão ameaçou abandonar o Acordo de Simla de 1972, que formalizou a LoC. Especialistas afirmam que essa tensão é significativa, pois ocorre após um período de relativa paz que durou quatro anos.
A LoC, que se estende por 740 quilômetros e é uma das fronteiras mais militarizadas do mundo, começou como a Linha de Cessar-Fogo em 1949. Desde então, a região tem sido marcada por conflitos frequentes, com violações de cessar-fogo que variam de disparos de baixo nível a operações militares mais intensas. A situação é complexa, com ações muitas vezes iniciadas por comandantes de campo, refletindo dinâmicas militares locais.
Anam Zakaria, escritora paquistanesa, destacou que as famílias que vivem ao longo da LoC enfrentam as consequências diretas das tensões, sendo forçadas a buscar abrigo em bunkers e perdendo suas fontes de sustento. A violência ao longo da fronteira não é nova, e a história recente mostra que as violações de cessar-fogo aumentaram significativamente após períodos de calma.
Com a escalada atual, muitos temem que a paz frágil na região esteja mais uma vez ameaçada. Um funcionário de hotel na Caxemira paquistanesa expressou a incerteza que permeia a vida na região: "Você nunca sabe o que vai acontecer a seguir."
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