Política

Reforma tributária internacional avança com liderança do Sul Global em meio a ausência dos EUA

A ausência dos EUA em fóruns internacionais pode impulsionar reformas tributárias globais, com o Brasil liderando a agenda do Sul Global.

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O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, se afastou de diversos acordos internacionais, como o Acordo Climático de Paris e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa política de "America First" fragmentou a ordem multilateral, levantando questões sobre a possibilidade de novas formas de cooperação global.

Recentemente, a maioria dos países na Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou parâmetros para um convênio tributário global, mesmo com a oposição dos Estados Unidos. O Brasil, por sua vez, propôs um imposto mínimo global para bilionários, destacando a liderança do Sul Global na agenda tributária internacional.

A reforma tributária é uma necessidade urgente. Estima-se que as multinacionais evitem pagar pelo menos US$ 240 bilhões anualmente em impostos. Além disso, os mais ricos do mundo são tributados proporcionalmente menos que a classe trabalhadora. O capital financeiro globalizado facilita a transferência de lucros para paraísos fiscais, privando os Estados de recursos essenciais.

O Brasil, durante sua presidência do G20, incluiu discussões sobre a criação de um imposto mínimo global para bilionários na declaração final do encontro. Essa proposta visa tributar a riqueza gerada globalmente, especialmente a das grandes empresas de tecnologia, que frequentemente escapam da tributação devido a regras internacionais desatualizadas.

Oportunidades no Multilateralismo

A ausência dos Estados Unidos em fóruns internacionais pode ser vista como uma oportunidade para o avanço de soluções multilaterais. A reforma tributária internacional, liderada por países do Sul Global, pode resultar em uma ordem mais democrática e justa. O G20 deste ano, sob a presidência da África do Sul, é um marco importante para essas reformas.

Embora alguns argumentem que a falta dos Estados Unidos torne a reforma tributária irrelevante, as multinacionais americanas ainda estarão sujeitas a impostos internacionais. Portanto, mesmo com a resistência do governo Trump, a reforma tributária continua a ser uma prioridade global.

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