Política

Alemanha debate a proibição do segundo maior partido do país

Crescimento da AfD reacende debate sobre sua proibição na Alemanha, levantando questões sobre democracia e vigilância estatal.

Foto:Reprodução

Foto:Reprodução

Ouvir a notícia

Alemanha debate a proibição do segundo maior partido do país - Alemanha debate a proibição do segundo maior partido do país

0:000:00

A Alemanha enfrenta um dilema democrático com o crescimento do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), classificado como extremista de direita pelo Escritório Federal de Proteção da Constituição (BfV). Após obter 20,8% dos votos nas eleições federais de fevereiro, a AfD foi oficialmente rotulada como uma organização extremista em maio. Contudo, o BfV suspendeu a avaliação do partido após uma ação judicial, mantendo, no entanto, sua classificação.

A classificação do BfV, que se baseia em um relatório extenso, não implica a proibição do partido, mas permite uma vigilância mais rigorosa, incluindo o uso de informantes. O BfV argumenta que a AfD promove um conceito étnico de povo que fere os princípios constitucionais alemães. O partido defende a “remigração” em massa, que poderia resultar na expulsão de milhões de migrantes e seus descendentes.

Debate sobre Proibição

A situação reacendeu o debate sobre a possibilidade de proibir um partido que cresce nas urnas, mas que rejeita os fundamentos democráticos. Historicamente, a Alemanha já proibiu partidos como o Partido do Reich Socialista e o Partido Comunista, mas tentativas de banir o NPD, de orientação neonazista, falharam. O novo chanceler, Friedrich Merz, expressou cautela em relação à proibição da AfD, ressaltando que não se pode excluir milhões de eleitores do processo democrático.

O crescimento da AfD, especialmente no leste da Alemanha, levanta preocupações sobre a ressurreição de discursos extremistas. O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, alertou para o perigo de populistas de extrema direita que buscam reviver "velhos e malignos fantasmas". A lógica do BfV é clara: não existem cidadãos de segunda classe na Alemanha, e propagar o contrário, mesmo por vias democráticas, é uma ameaça à Constituição.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela