União Europeia impõe sanções a museu russo por ameaçar patrimônio cultural da Ucrânia

A União Europeia (UE) impôs sanções ao Museu Estatal-Preservação Tauric Chersonese, localizado em Sevastopol, na Crimeia, e à sua diretora, Elena Morozova. As sanções foram anunciadas na terça-feira, como parte de um novo pacote contra a Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia.

O museu foi acusado de promover narrativas pró-russas e de minar o patrimônio cultural ucraniano desde a anexação da Crimeia em 2014. A UE destacou que, após a invasão em larga escala da Ucrânia, o museu utilizou sua plataforma para apoiar a guerra, incluindo a organização de entregas de suprimentos para as linhas de frente.

Além de Morozova, a lista de sanções inclui dezesseis indivíduos e cinquenta e oito organizações russas. A UE reafirmou sua condenação à agressão russa e seu apoio à independência e soberania da Ucrânia. O Conselho Europeu enfatizou a necessidade de continuar limitando a capacidade da Rússia de conduzir a guerra.

Pressão sobre a ICOM

Recentemente, um grupo de especialistas em arte pediu à Conselho Internacional de Museus (ICOM) que expulse a Rússia por violar seu código de ética. Caso a organização não tome medidas, os especialistas ameaçaram processá-la na França. O presidente da ICOM Rússia, Vasilij Pankratov, criticou essa pressão, chamando-a de "libelo político".

O Tauric Chersonese, que se tornou um Patrimônio Mundial da UNESCO em 2013, é um sítio arqueológico de uma antiga cidade grega. Desde a anexação, a Ucrânia e seus aliados têm buscado a recuperação da região, que é considerada estratégica no Mar Negro.