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América Latina descarta planos de novas usinas a carvão no Brasil e Honduras

América Latina encerra projetos de usinas a carvão, com Honduras e Brasil liderando a transição energética e se unindo a iniciativas globais.

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A América Latina eliminou todos os planos para a construção de novas usinas termelétricas a carvão, um dos principais responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa. Essa mudança foi confirmada com o arquivamento de propostas em Honduras e Brasil, conforme divulgado pela ONG Global Energy Monitor (GEM).

Com o engavetamento das usinas em 2025, a região não possui mais projetos ativos de carvão. Em 2015, havia 18 usinas planejadas, totalizando 7,3 gigawatts (GW) de capacidade. A GEM destacou que Honduras se uniu à Powering Past Coal Alliance, uma coalizão que busca o fim dos projetos de carvão, cancelando o projeto da usina Puente Alto Energy, de 0,1 GW.

No Brasil, a última proposta ativa, a usina termelétrica Ouro Negro, em Pedra Altas (RS), com 600 megawatts, também foi considerada engavetada. A GEM observou que não houve progresso no licenciamento desde 2023, quando o Ibama rejeitou os planos de gerenciamento de riscos da usina. Além disso, não há novas propostas de usinas a carvão nos leilões nacionais de energia deste ano.

Mudança de Direção

O engavetamento dos projetos de carvão reflete uma tendência mais ampla na região. Desde 2019, nenhuma proposta avançou no processo de licenciamento e não há novas construções desde 2016. A única usina a carvão em construção, a Río Turbio, na Argentina, enfrenta dificuldades técnicas e orçamentárias.

Apesar da eliminação dos novos projetos, a América Latina ainda mantém usinas a carvão em operação, como no México (4 GW), na República Dominicana (1,1 GW) e no Brasil (0,6 GW). O Brasil, que subsidia mais de R$ 1 bilhão por ano para esse tipo de energia, poderia se beneficiar ao se tornar membro da Powering Past Coal Alliance, sinalizando a intenção de não construir novas usinas.

Honduras se destaca como um exemplo positivo na transição energética. A mudança de postura do país pode inspirar outros na América Latina a seguir um caminho livre de carvão. A GEM enfatizou que o Brasil está em uma posição privilegiada para liderar essa transição e contribuir para o cumprimento do Acordo de Paris.

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