21 de mai 2025



EUA propõem aproveitar energia de Itaipu para impulsionar inteligência artificial
O Paraguai pode se tornar um centro de inteligência artificial, aproveitando sua energia excedente. Novo acordo com o Brasil permite vendas diretas a partir de 2027.
Foto:Reprodução
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O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sugeriu que o Paraguai utilize sua energia excedente da hidrelétrica de Itaipu para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA). A declaração foi feita durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde Rubio destacou a crescente demanda global por energia e as oportunidades estratégicas que isso representa.
Historicamente, o Paraguai vende sua energia excedente ao Brasil, mas o acordo que permitia essa transação expirou em 2023. Com isso, os dois países estão em negociações para definir o futuro do excedente energético. Rubio enfatizou que o Paraguai poderia se tornar um hub para empresas de IA, aproveitando a energia disponível. Ele afirmou que, com a reconfiguração do tratado, o país poderia atrair investimentos significativos.
Em 2024, um novo acordo foi firmado entre o Brasil e o Paraguai, permitindo que o Paraguai venda sua energia diretamente ao mercado livre brasileiro a partir de 2027. Antes, a energia paraguaia só podia ser comercializada com distribuidoras. O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e o presidente paraguaio, Santiago Peña, foram os responsáveis pela negociação.
Tensão nas Negociações
As tratativas entre os países enfrentaram desafios, especialmente após denúncias de espionagem envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Essas alegações geraram desconfiança em Assunção e complicaram as negociações sobre o chamado Anexo C, que rege as bases financeiras da usina. As conversas sobre esse anexo foram suspensas em abril.
Rubio destacou que o Paraguai possui um potencial energético significativo, que pode ser explorado por empresas americanas. Ele alertou que a crescente demanda por energia pode colocar pressão sobre países que não têm recursos suficientes. O Brasil, por sua vez, também busca atrair investimentos em IA, mas a estratégia pode ser ameaçada se o Paraguai decidir vender sua energia para os EUA.
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