Andrii Portnov, ex-assessor de Yanukóvich, é assassinado a tiros em Madrid

Andrii Portnov, ex-assessor do presidente ucraniano Viktor Yanukóvich, foi assassinado a tiros na manhã de quarta-feira, em Pozuelo de Alarcón, Madrid. O crime ocorreu por volta das 9h15, enquanto ele deixava suas filhas na escola. Portnov, de 52 anos, foi abordado por dois ou três atacantes que dispararam cinco tiros, atingindo-o pelo menos três vezes, sendo um deles fatal na nuca.

A polícia ainda investiga o caso e não há detenções até o momento. Este é o terceiro assassinato de alto perfil na Espanha desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022. O local do crime, próximo ao exclusivo Colégio Americano, gerou preocupação entre os pais e funcionários da escola, que confirmaram que a vítima era um pai do centro.

Contexto do Crime

Portnov era um advogado com um histórico controverso, investigado por corrupção e traição em seu país. Ele foi acusado de envolvimento na anexação da Crimeia e tinha laços com o governo russo. Em 2018, o governo dos Estados Unidos impôs sanções contra ele, incluindo a proibição de entrada no país e a congelamento de ativos financeiros. Apesar disso, ele não enfrentou sanções na Ucrânia e se refugiou na Rússia após a queda de Yanukóvich.

A mídia ucraniana sugere que o assassinato pode ter motivações políticas ou estar relacionado a acertos de contas. Fontes policiais não descartam a possibilidade de que agentes russos estejam envolvidos, considerando a complexidade do cenário político atual.

Repercussões e Investigações

O crime gerou alvoroço na comunidade local, com muitos pais preocupados com a segurança. A polícia está realizando investigações detalhadas, incluindo a análise de câmeras de segurança e a busca por testemunhas. Drones e helicópteros sobrevoam a área em busca dos suspeitos.

Este incidente se insere em um contexto mais amplo de violência envolvendo figuras políticas ucranianas e russas na Espanha, que abriga uma significativa população de expatriados de ambos os países. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades, enquanto a comunidade local tenta entender as implicações desse ato violento.