Rússia intensifica construção militar na fronteira com a Finlândia após guerra na Ucrânia

As forças armadas da Rússia estão reforçando suas bases e construindo infraestrutura militar perto da fronteira com a Finlândia. Imagens de satélite recentes, confirmadas por oficiais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), revelam a construção de novas barracas, armazéns e reformas em abrigos de jatos de combate. Essas ações podem indicar uma estratégia russa para o período pós-guerra na Ucrânia.

Atualmente, a Rússia mantém poucas tropas na fronteira com a Finlândia, mas as autoridades da Otan observam que os movimentos são os primeiros passos de uma possível expansão militar de longo prazo. A Finlândia, que se tornou membro da Otan há dois anos, agora compartilha uma fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia, a mais longa linha de contato da aliança ocidental com o país.

Aumento de Tensão

Analistas militares preveem que, após a guerra na Ucrânia, a Rússia pode deslocar milhares de tropas para a fronteira finlandesa. O general de brigada Pekka Turunen, diretor da inteligência de defesa finlandesa, afirmou que o número de tropas russas na região pode triplicar nos próximos anos. Ele destacou que a Finlândia deve se preparar para um aumento significativo de forças militares.

As autoridades de defesa finlandesas acreditam que a Rússia está reforçando suas defesas em resposta à expansão da Otan. A adesão da Finlândia à aliança militar foi uma mudança significativa em sua política de não alinhamento, motivada pela ofensiva russa na Ucrânia.

Movimentos Militares

Recentemente, tropas americanas e finlandesas realizaram um exercício militar no Ártico, simulando uma operação contra a Rússia. Além disso, novas barracas e equipamentos militares foram identificados em várias bases russas próximas à Finlândia. Emil Kastehelmi, analista do Black Bird Group, destacou que a Rússia está expandindo suas brigadas para divisões, o que pode resultar em um aumento considerável de tropas nas fronteiras.

A situação na região continua a ser monitorada de perto, com a expectativa de que a Rússia redistribua suas forças para o norte assim que a guerra na Ucrânia chegar ao fim. A presença militar russa no Ártico, considerada estratégica, está se intensificando, com a volta de helicópteros a bases que estavam inativas há anos.