24 de mai 2025
Pressão internacional aumenta sobre Israel devido à crise humanitária em Gaza
Pressão internacional sobre Israel cresce com críticas de aliados ocidentais e revisão de acordos comerciais, em meio à crise humanitária em Gaza.
Momento em que Ayman Odeh é retirado do Parlamento de Israel, a Knesset. 21/05/2025. (Foto: Jehad Alshrafi/AP)
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Israel enfrenta crescente pressão de aliados ocidentais, como Reino Unido, França e Canadá, devido à escalada da violência em Gaza, que já resultou em mais de 53 mil mortes desde o início do conflito em outubro de 2023. A União Europeia (UE) anunciou que revisará seu Acordo de Associação com Israel, que regula as relações comerciais e políticas entre as partes.
As críticas se intensificaram após Israel expandir suas operações militares em Gaza, com planos de deslocar a população local e bloquear a ajuda humanitária. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou preocupação com a situação, afirmando que a ajuda permitida é "completamente inadequada". O governo britânico suspendeu negociações comerciais e impôs sanções a assentamentos na Cisjordânia.
A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, destacou que a situação em Gaza é "catastrófica" e que a ajuda deve fluir sem obstruções. A pressão internacional é vista como um reflexo da crescente insatisfação com as ações de Israel, que, segundo analistas, pode impactar a política interna do país. Uma pesquisa revelou que 61% dos israelenses apoiam um cessar-fogo para garantir a liberação de reféns.
O governo de Benjamin Netanyahu, no entanto, permanece firme em sua estratégia militar, desconsiderando as ameaças de sanções. Netanyahu acusou os aliados de "oferecer um prêmio" aos atacantes de 7 de outubro. A situação se complica com a possibilidade de Israel se tornar um "estado pária", conforme alertou o líder da oposição, Yair Golan.
A pressão externa pode não ter o efeito desejado, segundo especialistas, pois a interferência em questões de segurança nacional tende a fortalecer o apoio ao governo. Contudo, a crescente indignação internacional pode limitar a margem de manobra de Israel nas próximas semanas.
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