26 de mai 2025
Brasil se torna base de operações para espiões russos com identidades falsas
Brasil se revela ponto estratégico para espiões russos, com identidades forjadas e operações secretas desmanteladas pela Polícia Federal.
Foto: Reprodução
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O Brasil foi identificado como um ponto de apoio para espiões russos, que utilizaram o país para criar identidades falsas e operar como agentes secretos. A Polícia Federal desmantelou uma rede que atuava desde os anos 1980, revelando a existência de pelo menos nove espiões russos.
Recentemente, o jornal The New York Times divulgou detalhes sobre esses espiões, incluindo a prisão de Sergey Cherkasov, que se apresentava como Victor Miller Ferreira. Ele foi detido em abril de 2022 ao tentar atuar no Tribunal Penal Internacional, que investiga crimes de guerra da Rússia na Ucrânia. Cherkasov chegou ao Brasil em 2010 e obteve documentos brasileiros falsos.
A operação, descrita como uma "Fábrica de Espiões", permitiu que os agentes russos apagassem seus passados e criassem novas identidades. Um depoimento exclusivo revelou que diplomatas russos estavam envolvidos na trama, facilitando a obtenção de documentos forjados. A testemunha, que trabalhou para o Consulado da Rússia no Rio de Janeiro, afirmou que enviou dinheiro para Cherkasov enquanto ele estava na Irlanda.
Além de Cherkasov, outros espiões foram identificados, como Artem Shmyrev, que usava o nome de Gerhard Daniel Campos Wittich e mantinha uma empresa de impressão 3D no Rio de Janeiro. Ele fugiu do Brasil há três anos. Outros espiões, como Aleksandr Utekhin e um casal que se apresentava como Manuel Francisco e Adriana Carolina, também deixaram o país antes de serem capturados.
As investigações, que contaram com apoio da CIA e de outras agências internacionais, revelaram que os espiões se aproveitavam de brechas no sistema de registro civil brasileiro. A operação levantou preocupações sobre a segurança nacional e a possibilidade de que esses agentes continuem a operar sob novas identidades.
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