Aliados de Trump comentam sobre restrição de vistos a Moraes nos EUA

Ouvido no inquérito das fake news, o ministro Alexandre de Moraes foi mencionado pelo ex-assessor de Donald Trump, Jason Miller, durante sua visita ao Brasil. A declaração ocorreu após os Estados Unidos anunciarem restrições de vistos para autoridades que censuram cidadãos americanos. Miller, que marcou Moraes em uma publicação na rede social X, compartilhou a notícia sobre a nova política do governo dos EUA.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacou que a medida visa proteger a liberdade de expressão, afirmando que "americanos foram multados e assediados por autoridades estrangeiras". A nova política, que ainda não detalha os alvos, foi recebida com entusiasmo por Eduardo Bolsonaro, que celebrou a decisão em suas redes sociais, afirmando que traz esperança para quem luta pela liberdade no Brasil.

Contexto das Investigações

Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, está sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) por sua atuação nos EUA. Ele é réu em uma ação penal por difamação e pode ser convocado a depor em um inquérito que investiga seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que Eduardo tenta constranger autoridades brasileiras para evitar a condenação do ex-presidente.

Desde fevereiro, Eduardo reside nos EUA e tem feito declarações sobre perseguição política. Ele busca apoio do governo americano para impor sanções contra integrantes do STF. Após a declaração de Rubio, Eduardo expressou seu apoio à nova política, reforçando sua luta pela liberdade de expressão.

Reações e Implicações

Além de Eduardo, outros aliados da família Bolsonaro também se manifestaram. O blogueiro Allan dos Santos, foragido nos EUA, atacou Moraes em suas redes sociais. O deputado Nikolas Ferreira insinuou que a decisão de Rubio beneficiaria o ministro do STF. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, comentou que a emissão de vistos é prerrogativa de cada país e que a postura dos EUA não é ilegal.

A situação levanta questões sobre a relação entre Brasil e Estados Unidos, especialmente no que diz respeito à liberdade de expressão e à atuação de autoridades estrangeiras. A medida dos EUA pode ter repercussões significativas nas investigações em curso e na dinâmica política entre os dois países.