Conselho de Direitos Humanos critica sanção dos EUA contra o STF brasileiro

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) manifestou, na segunda-feira, 26, seu repúdio às possíveis sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A entidade considera essa possibilidade uma grave afronta à soberania do Estado brasileiro. O CNDH pede que as autoridades americanas cessem imediatamente qualquer estudo sobre a aplicação de tais medidas.

A declaração do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que mencionou a “grande possibilidade” de sanções contra Moraes, motivou a nota do CNDH. O documento destaca que a análise por instituições dos EUA representa uma interferência ilegal nas relações internacionais, atacando uma autoridade da Suprema Corte brasileira sem precedentes na história moderna.

Além disso, o CNDH critica a atribuição de suposta perseguição a apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ao ministro, ressaltando que o ex-presidente é réu no STF por tentativa de golpe de Estado. Para a entidade, a ameaça de sanções evidencia uma manobra para pressionar politicamente o Brasil, favorecendo interesses de indivíduos envolvidos na tentativa de golpe.

Inquérito contra Eduardo Bolsonaro

Em meio a esse contexto, um inquérito foi aberto no STF contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O deputado, que se mudou para os Estados Unidos em março, anunciou que buscaria sanções contra “violadores dos direitos humanos”. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a investigação sobre sua atuação no país americano, que envolve autoridades brasileiras.

O desdobramento desses eventos reflete a crescente tensão entre setores políticos no Brasil e a influência externa nas questões internas do país. A situação continua a se desenvolver, com repercussões significativas para as relações entre Brasil e Estados Unidos.