Política

Orban é acusado de usar crise de espionagem na Ucrânia para se manter no poder

Tensões entre Ucrânia e Hungria aumentam após prisões por espionagem, com expulsões diplomáticas e críticas de Orban a Kyiv.

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As relações entre Ucrânia e Hungria atingiram um novo patamar de tensão após a prisão de cidadãos ucranianos acusados de espionagem a favor de Budapeste. O governo de Viktor Orban enfrenta críticas internas e externas, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.

Recentemente, a SBU, serviço de segurança da Ucrânia, anunciou a detenção de dois ucranianos supostamente ligados à inteligência militar húngara. As acusações incluem a preparação de ações militares em território ucraniano. Em resposta, a Hungria expulsou dois diplomatas ucranianos, levando a uma troca de expulsões que deteriorou ainda mais as relações diplomáticas.

Acusações e Reações

Orban, visto como um dos aliados mais próximos da Rússia na União Europeia, tem se distanciado de seus parceiros europeus, mantendo relações comerciais com Moscou e se opondo a sanções. Ele acusou Kyiv de tentar "vilificar" a Hungria, enquanto sua administração promoveu uma campanha para que os cidadãos rejeitem a adesão da Ucrânia à UE.

A situação se complica com a prisão de um cidadão ucraniano na Hungria, também acusado de espionagem. Roland Tseber, um político da oposição, foi banido do país e da zona Schengen sem explicações. Ele nega as acusações e afirma que sua atuação política é transparente e voltada para o bem-estar da comunidade.

Impacto Político

A crescente tensão entre os dois países afeta a já reduzida comunidade húngara na Transcarpathia, que viu sua população cair de 150 mil para cerca de 70 a 80 mil nos últimos anos. Muitos húngaros na região têm lutado ao lado da Ucrânia contra a agressão russa, tornando-se vítimas colaterais do conflito diplomático.

Além disso, um ex-chefe do estado-maior húngaro, Romulusz Ruszin-Szendi, agora membro do partido Tisza, também enfrenta ataques da mídia governamental, que o acusa de manter contato com a inteligência ucraniana. Ele rebateu as alegações, afirmando que sua trajetória militar é digna de respeito.

Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, Orban se posicionou como um defensor da paz, mas gravações recentes revelam uma mudança na postura do governo, indicando uma preparação para um possível envolvimento militar. A situação continua a evoluir, refletindo as complexas dinâmicas políticas na região.

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