29 de mai 2025

Guerra em Gaza: Michel Gherman analisa os impactos e desafios atuais
A pressão sobre Netanyahu aumenta com a oposição interna e críticas à sua postura extremista na guerra em Gaza, que já deixou milhares de mortos.
Foto:Reprodução
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A guerra em Gaza, que começou após o ataque do Hamas em outubro de 2023, já resultou em mais de 54 mil palestinos mortos, com estimativas que podem chegar a 112 mil vítimas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta críticas crescentes por sua postura extremista e neofascista, especialmente em relação à reocupação de Gaza e à limpeza étnica.
O professor Michel Gherman, do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ, analisa que as declarações de Netanyahu podem ser vistas como táticas para garantir sua permanência no poder. Ele observa que, embora Netanyahu tenha um histórico de pragmatismo político, atualmente ele se alinha a uma base neofascista que apoia políticas de limpeza étnica. Gherman destaca que a radicalização da sociedade israelense é um fenômeno crescente, com Netanyahu legitimando discursos extremistas.
A oposição interna também se intensifica, com um número crescente de reservistas se recusando a servir em Gaza. Recentemente, uma carta com milhares de assinaturas foi divulgada, onde os reservistas afirmam que a guerra é imoral. Gherman menciona que cerca de 80% dos israelenses desejam o fim das atividades militares em Gaza e a libertação dos reféns, refletindo um descontentamento generalizado com a condução da guerra.
Entre os críticos de Netanyahu estão ex-primeiros-ministros e líderes militares, que acusam o governo de cometer crimes de guerra. O ex-vice-chefe do Exército, Yair Golan, chegou a afirmar que as ações do governo resultam em mortes de civis, incluindo crianças. As vozes de oposição, embora diversas, convergem em um ponto: a necessidade de uma mudança na abordagem do governo em relação ao conflito.
A situação em Gaza continua a ser uma das mais sangrentas do século 21, e a pressão sobre Netanyahu aumenta à medida que a sociedade israelense se divide entre apoio e repúdio às suas políticas.
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