29 de mai 2025



Israel realiza a maior expansão de assentamentos na Cisjordânia em décadas
Ministros israelenses aprovaram 22 novos assentamentos na Cisjordânia, intensificando a ocupação e gerando críticas internacionais.
Foto:Reprodução
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O governo de Israel anunciou a aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia ocupada, marcando a maior expansão em décadas. A decisão foi divulgada pelos ministros da Defesa, Israel Katz, e das Finanças, Bezalel Smotrich, e legaliza postos avançados que já existiam sem autorização oficial.
A medida é vista como uma continuação da anexação de fato do território, com o ministro Katz afirmando que a ação "previne a criação de um estado palestino que poderia ameaçar Israel". A Autoridade Nacional Palestina (ANP) classificou a expansão como uma "escalada perigosa" e um obstáculo à paz.
Críticas e Consequências
A organização não governamental Peace Now, que monitora os assentamentos, destacou que essa é a maior expansão desde 1993. Os novos assentamentos estão localizados em áreas estratégicas, dificultando ainda mais a viabilidade de um futuro estado palestino. A ONG denunciou que a decisão do governo israelense prioriza a ocupação em vez de buscar um acordo pacífico.
Desde a ocupação da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental em 1967, Israel construiu cerca de 160 assentamentos, abrigando aproximadamente 700 mil israelenses. A ONU considera esses assentamentos ilegais sob a lei internacional, embora Israel conteste essa interpretação.
Contexto Atual
A expansão dos assentamentos ocorre em um cenário de crescente tensão e violência na região. Nos últimos meses, Israel intensificou suas operações militares na Cisjordânia, resultando no deslocamento de tens de milhares de palestinos. Além disso, o governo israelense iniciou um processo de registro de terras na Área C, sob controle israelense, o que foi classificado como um "mega roubo de terras palestinas".
Dentre os 22 novos assentamentos, 12 legalizarão postos avançados e outros nove serão novos assentamentos. Um assentamento será a conversão de um bairro existente. Essa decisão pode dividir ainda mais o território palestino e intensificar as tensões com a comunidade internacional, que já critica as ações de Israel na região.
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