Zelenski concorda em enviar delegação para negociações de paz com a Rússia em Istambul

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, anunciou que concorda em enviar uma delegação para negociações diretas com a Rússia em Istambul, na Turquia, na próxima segunda-feira, dia 2 de junho. No entanto, ele condicionou a participação à apresentação prévia das propostas russas, destacando que as conversas devem ser "significativas".

Zelenski fez o anúncio após uma conversa com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Ele também mencionou a possibilidade de uma reunião de cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Rússia, por sua vez, propôs um encontro trilateral, mas a Ucrânia exige garantias de que as negociações serão construtivas.

A Rússia enviou uma delegação para Istambul, mas a Ucrânia criticou a falta de transparência nas propostas russas. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou que a Ucrânia não enviará sua delegação até receber um memorando com as condições para um possível acordo de paz. A Rússia, no entanto, insiste que as propostas sejam apresentadas durante as negociações.

Expectativas para as Negociações

As expectativas para as conversações são modestas, uma vez que as posições de ambos os lados permanecem distantes. A última rodada de negociações ocorreu em março de 2022, também em Istambul, sem resultados significativos. Durante essa reunião, houve a maior troca de prisioneiros do conflito até o momento, com mil prisioneiros trocados entre os lados.

O Kremlin reiterou que um cessar-fogo só será considerado se as condições fundamentais do conflito forem discutidas. Entre as exigências da Rússia estão a suspensão da ajuda ocidental à Ucrânia e a mobilização total das forças ucranianas. Zelenski, por sua vez, enfatizou a necessidade de um cessar-fogo para avançar em direção à paz.

A Turquia se ofereceu para mediar as negociações e espera que um encontro de alto nível entre os líderes de Rússia, Ucrânia e Estados Unidos ocorra em breve. Enquanto isso, os combates continuam, com a Rússia intensificando os ataques em várias regiões da Ucrânia.