Política

Espanha pede embargo de armas a Israel em meio a crescente condenação internacional

Espanha propõe embargo de armas a Israel em meio a crescente condenação internacional, enquanto EUA, Alemanha e Itália continuam a fornecer armamentos.

Tropas israelenses próximas à fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. (Foto: Menahem KAHANA / AFP)

Tropas israelenses próximas à fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. (Foto: Menahem KAHANA / AFP)

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A Espanha solicitou à comunidade internacional a suspensão do envio de armas para Israel, em meio a crescente condenação sobre as ações israelenses em Gaza. O pedido foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, durante uma reunião do Grupo de Madri. Ele defendeu um embargo conjunto de armas, afirmando que "a última coisa que o Oriente Médio precisa agora é de armas".

Na reunião, participaram representantes de países como Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Turquia, Marrocos e Brasil, além de organizações intergovernamentais. Apesar do apelo da Espanha, apenas uma fração dos países presentes fornece armamentos a Israel. O país é um dos maiores exportadores de armas do mundo, com um suprimento interno robusto.

De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), Israel é o 15º maior importador de armas globalmente, recebendo a maior parte de seus suprimentos dos Estados Unidos, Alemanha e Itália. Os EUA, por exemplo, são responsáveis por cerca de dois terços das importações de armamentos de Israel entre 2020 e 2024, incluindo aeronaves e veículos blindados.

Fornecedores de Armas

A Alemanha é um dos principais apoiadores de Israel, fornecendo cerca de um terço das armas do país, incluindo fragatas e torpedos. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, reiterou que a segurança de Israel é um princípio fundamental para o país. Apesar de críticas internas sobre as ações de Israel em Gaza, a Alemanha não deve alterar seu apoio militar.

A Itália, embora tenha uma contribuição menor, também enfrenta críticas por continuar a fornecer armamentos a Israel, mesmo após promessas de suspensão. Em 2023, a Itália enviou 5,2 milhões de euros em armas, apesar das restrições legais.

Desafios para o Embargo

A análise indica que um embargo efetivo exigiria a cooperação dos principais fornecedores de armas, como EUA e Alemanha. Embora algumas nações europeias tenham interrompido ou suspendido licenças de exportação, suas contribuições são mínimas em relação ao total consumido por Israel. A pesquisadora Catherine Gegout destacou que mudanças na política dos EUA seriam cruciais para aumentar a pressão sobre a Alemanha e, consequentemente, sobre Israel.

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