03 de jun 2025
Eleições na Venezuela reforçam controle de Maduro e complicam relação com os EUA
Eleições na Venezuela consolidam poder de Maduro, enquanto governo Trump intensifica sanções e complica relações bilaterais.
Um homem passa por um mural com a imagem de Hugo Chávez durante um comício para comemorar os resultados oficiais das últimas eleições regionais, em 31 de maio de 2025. (Foto: Pedro Mattey/AFP)
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As eleições regionais e parlamentares na Venezuela, realizadas em 25 de maio, resultaram em uma vitória expressiva para o partido socialista de Nicolás Maduro, que obteve 82,7% dos votos para a Assembleia Nacional e conquistou 23 dos 24 governos estaduais. A oposição, ainda se recuperando de uma eleição presidencial contestada, decidiu boicotar a votação. O governo dos Estados Unidos condenou a legitimidade do pleito, considerando o regime de Maduro como "ilegítimo".
Recentemente, o governo de Donald Trump reverteu uma licença que permitia à Chevron operar na Venezuela, aumentando a pressão sobre o regime. A petrolífera, que produzia cerca de 220 mil barris de petróleo por dia, agora deve manter apenas sua infraestrutura no país, o que resulta em uma perda significativa de receita para o governo venezuelano. A Chevron, que opera em joint ventures com a estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), é responsável por aproximadamente 25% da produção total de petróleo do país.
Relações EUA-Venezuela
A relação entre os EUA e a Venezuela se torna cada vez mais contenciosa. O governo Trump impôs tarifas de 25% sobre compradores de petróleo venezuelano, afastando potenciais parceiros comerciais. Além disso, o governo americano revogou vistos temporários para venezuelanos, aumentando as deportações. A política tarifária e as sanções econômicas empurram a Venezuela a estreitar laços com China e Rússia, que estão investindo na economia local.
A abordagem dos EUA em relação à Venezuela tem variado entre pressão e engajamento. O governo Biden buscou um diálogo mais pragmático, mas as sanções e a repressão interna continuam a dificultar a estabilização do país. Observadores apontam que o espaço para um relacionamento baseado em interesses mútuos está diminuindo, especialmente com a resistência de parlamentares influentes que se opõem a qualquer cooperação com o regime de Maduro.
Desafios Internos e Externos
A situação na Venezuela é crítica, com 7,7 milhões de cidadãos deixando o país devido à crise econômica e à repressão política. A crescente imigração venezuelana para os EUA tem gerado desafios humanitários e políticos. Enquanto isso, Maduro busca fortalecer sua posição no cenário internacional, mas enfrenta um ambiente interno marcado por violações de direitos humanos e acusações de crimes transnacionais.
O futuro das relações entre os EUA e a Venezuela permanece incerto, com ambos os lados enfrentando pressões internas e externas. A possibilidade de um diálogo diplomático formal é debatida, mas a falta de confiança e a polarização política dificultam avanços significativos.
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