Ucrânia realiza ataque subaquático à ponte da Crimeia com explosivos em nova ofensiva

A Ucrânia realizou um novo ataque à ponte da Crimeia nesta terça-feira, 3 de junho de 2025, utilizando explosivos subaquáticos. A estrutura, que conecta a península ocupada à Rússia continental, foi duramente atingida em uma operação coordenada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). Segundo Kiev, a ponte é considerada ilegal e representa uma rota logística essencial para abastecer as forças russas no território ucraniano.

A ofensiva ocorreu dois dias após um ataque inédito com drones que destruiu 41 aviões de guerra russos em bases aéreas. A sequência de ações indica uma intensificação das estratégias ucranianas contra alvos militares de alto valor.

Explosivos e execução estratégica

De acordo com o SBU, o ataque foi realizado com 1.100 kg de TNT, instalados debaixo d’água e acionados com precisão. Imagens da explosão foram divulgadas pelo próprio órgão de segurança ucraniano. O tenente-general Vasyl Maliuk, chefe do SBU, afirmou que a operação foi cuidadosamente planejada ao longo de vários meses e supervisionada pessoalmente por ele.

“Esta é uma estrutura ilegal da Federação Russa que não tem lugar em nosso território”, declarou Maliuk após o ataque. As autoridades ucranianas afirmaram que não houve vítimas, mas que a ponte ficou em “estado crítico”, com danos severos aos pilares submersos.

Rússia suspende tráfego na região

Em resposta, o governo russo anunciou a suspensão imediata do tráfego de veículos sobre a ponte da Crimeia, além de interromper temporariamente a navegação marítima na região de Sevastopol. A ponte já havia sido alvo de explosões anteriores em 2022 e 2023, e sua reconstrução se tornou um dos símbolos da ocupação russa na Crimeia.

Ataques coordenados e avanço da ofensiva

O ataque à ponte é parte de uma escalada nas operações ofensivas da Ucrânia. No fim de semana, ataques com drones atingiram bases aéreas em diferentes regiões da Rússia, em uma ação considerada audaciosa por analistas militares. A ofensiva demonstrou a capacidade ucraniana de realizar ações coordenadas e de longo alcance em território inimigo, apesar do prolongamento do conflito.

As operações recentes reforçam a pressão sobre as tropas russas e desafiam a infraestrutura militar que sustenta a ocupação de territórios ucranianos. Com o apoio de inteligência e tecnologia ocidental, Kiev segue apostando em ações pontuais e de alto impacto.