05 de jun 2025
Comunidade de Nir Oz enfrenta desafios e traumas um ano e meio após ataques do Hamas
Um ano e meio após os ataques do Hamas, a comunidade de Nir Oz enfrenta desafios na busca por reféns e na reconstrução.
Casa destruída pelo grupo terrorista Hamas no Kibbutz Nir Oz, no sul de Israel. (Foto: Daniel Gateno/Estadão)
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A comunidade de Nir Oz, localizada a 2,5 quilômetros da cidade de Khan Younis, na Faixa de Gaza, ainda enfrenta as consequências dos ataques de 7 de outubro de 2023. Naquele dia, 117 pessoas foram sequestradas ou mortas por grupos terroristas, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica. Um ano e meio após os ataques, a busca por reféns sequestrados continua, enquanto os moradores discutem o futuro da reconstrução.
A sobrevivente Silvia Cunio, mãe de dois sequestrados, descreve o ataque como um "filme de terror". Ela relata que os terroristas se disfarçaram de soldados, levando a comunidade a acreditar que a situação estava sob controle. Ariel e David Cunio, seus filhos, foram sequestrados, e apenas Ariel permanece em cativeiro. A comunidade, que antes contava com cerca de 400 moradores, agora enfrenta um cenário de destruição, com casas queimadas e marcas de tiros visíveis.
Reconstrução e Deslocamento
A assembleia da comunidade decidiu que deseja retornar a Nir Oz, com apoio financeiro do governo israelense para a reconstrução. Martin Finkelstein, um dos sobreviventes, afirma que muitos moradores querem voltar, mas Silvia e sua família não pretendem retornar devido à perda de vizinhos e familiares. Atualmente, os moradores estão realocados em Kiryat Gat, onde vivem em apartamentos subsidiados.
Finkelstein, que cuida das plantações na região, destaca que a rotina de trabalho o ajudou a lidar com o trauma. Ele observa que o kibbutz, anteriormente um local de paz e ajuda humanitária, agora enfrenta um futuro incerto. A comunidade, que empregava cidadãos de Gaza, não pretende retomar essa prática após a guerra.
Memórias e Homenagens
A reportagem também visitou o memorial do festival de música eletrônica Nova, onde mais de 380 pessoas foram assassinadas no mesmo dia dos ataques. Sobreviventes, como Mazal Tazazo, compartilham suas experiências traumáticas e a dificuldade de lidar com a perda de amigos. O clima de tensão persiste na região, com os barulhos dos caças israelenses sendo parte da rotina diária.
A situação em Sderot, cidade próxima, também é crítica. Os moradores, que foram evacuados durante os piores momentos da guerra, retornaram e convivem com os ecos da artilharia e os constantes lembretes das vítimas. A proximidade com Gaza é visível, e a normalidade da vida contrasta com a realidade de um conflito em curso.
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