Política

Israelenses enfrentam incertezas sobre paz com palestinos após ataques do Hamas

Após os ataques do Hamas em outubro de 2023, a confiança entre israelenses e palestinos despencou, dificultando diálogos sobre paz.

Exposição simula um túnel do Hamas na chamada Praça dos Sequestrados, em Tel-Aviv. (Foto: Daniel Gateno/Estadão)

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O conflito entre Israel e Palestina se intensificou após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultando em um aumento da desconfiança entre as partes. A guerra na Faixa de Gaza continua, e a sociedade israelense enfrenta um clima de insegurança. Pesquisas indicam que a maioria dos israelenses deseja o fim do conflito e a libertação de reféns, mas a criação de um Estado palestino permanece incerta.

Dalia Cusnir, cunhada de um refém argentino-israelense, expressa que o trauma dos ataques mudou sua visão sobre a paz com os palestinos. Ela relata que a percepção de que civis de Gaza também participaram dos sequestros aumentou a desconfiança. Yuval Benziman, professor de ciências políticas, afirma que experiências de violência dificultam o diálogo entre os lados.

A parlamentar Efrat Rayten, do partido Os Democratas, observa que a prioridade atual é a segurança de Israel. Antes da guerra, muitos aceitavam a criação de um Estado palestino, mas agora a percepção é de que o Hamas busca a destruição de Israel. Ela defende um cessar-fogo e a necessidade de um novo líder que promova a paz, como Yitzhak Rabin, arquiteto dos Acordos de Oslo.

Os Acordos de Oslo, que visavam a criação de um Estado palestino, não foram implementados após o assassinato de Rabin em 1995. Tentativas posteriores de negociação falharam devido a divergências sobre Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados. A desilusão com o processo de paz levou à perda de força dos partidos de esquerda em Israel.

Atualmente, apenas um terço dos israelenses apoia a solução de dois Estados, embora especialistas como Benziman a considerem a única alternativa viável. O movimento Standing Together busca promover a paz entre árabes e judeus, destacando que a solução militar não evitará novos ataques. A ativista Ella Lotan critica o governo Netanyahu por fomentar o ódio e usar a guerra como pretexto para expandir a ocupação.

A situação em Gaza é complexa, com a Autoridade Palestina enfrentando desafios de governança e a presença de grupos terroristas. Israel não confia na Autoridade Palestina para administrar Gaza no futuro, mesmo com o apoio internacional. Benziman sugere uma coalizão internacional para garantir a segurança e a estabilidade na região.

Apesar dos traumas, familiares de reféns desejam paz e dignidade para os palestinos. Dalia Cusnir enfatiza que a libertação dos reféns é essencial para avançar nas negociações. Vicky Cohen, mãe de um sequestrado, critica a ofensiva militar e defende que Gaza não deve ser considerada território israelense.

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