Lula é elogiado por Jean-Luc Mélenchon por crítica ao genocídio em Gaza

O líder da França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, expressou gratidão ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, por sua declaração sobre o genocídio em Gaza. O encontro ocorreu em Paris, na sexta-feira (6), onde Mélenchon destacou que a posição de Lula fortalece a esquerda francesa. O presidente brasileiro usou o termo genocídio em referência às ações de Israel durante uma coletiva com o presidente francês, Emmanuel Macron, no dia anterior.

Mélenchon, que tem criticado as ações israelenses desde o início do conflito em Gaza, afirmou que Lula é uma das poucas lideranças globais a se manifestar claramente contra a situação. Ele elogiou Lula como uma "grande figura moral da humanidade". A postura de Mélenchon, no entanto, o deixou isolado politicamente na França, onde enfrenta acusações de antissemitismo.

Diálogo sobre o Acordo UE-Mercosul

Durante a reunião, Mélenchon entregou a Lula uma carta e um relatório que expõem as razões da oposição da esquerda francesa ao acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. O político francês enfatizou que a resistência não é contra o Brasil, mas contra o modelo econômico do Mercosul. Lula propôs a realização de encontros entre agricultores franceses e do Mercosul para buscar um entendimento sobre o impasse.

A deputada Aurélie Trouvé, presente no encontro, expressou sua honra em conhecer Lula pessoalmente e afirmou que se sente inspirada por suas ideias e combates. A reunião entre os líderes também abordou a crescente crítica de Macron em relação ao governo de Binyamin Netanyahu, embora o presidente francês tenha afirmado que a utilização do termo genocídio deve ser uma questão para historiadores.