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Ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner é condenada à prisão

Ela foi condenada a seis anos por corrupção

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A Corte Suprema de Justiça da Argentina confirmou, em um julgamento histórico, a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner por corrupção na chamada Causa Vialidade, resultando em uma pena de seis anos de prisão e inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos. Este veredicto, que se tornou definitivo após a rejeição dos recursos de apelação apresentados pela defesa, marca um momento significativo na política argentina, uma vez que Kirchner é a primeira ex-presidente a enfrentar uma condenação criminal firme.

O caso Vialidade envolve acusações de administração fraudulenta em detrimento do Estado, especificamente relacionadas a contratos de obras públicas que favoreceram o empresário Lázaro Báez, próximo a Kirchner. A Corte, composta pelos juízes Horacio Rosatti, Carlos Rosenkrantz e Ricardo Lorenzetti, decidiu por unanimidade que as provas apresentadas ao longo do processo eram suficientes para sustentar a condenação, que já havia sido ratificada em instâncias inferiores.

Após a divulgação do veredicto, Cristina Kirchner se dirigiu a seus apoiadores em frente à sede do Partido Justicialista (PJ), onde expressou seu descontentamento com a decisão judicial, chamando os juízes de "monigotes" e afirmando que o veredicto impõe um "cepo ao voto popular". Em seu discurso, ela argumentou que a decisão judicial representa uma forma de proscrição política, visando impedir sua participação nas próximas eleições, onde pretendia se candidatar a um cargo na Câmara dos Deputados.

A reação ao veredicto foi polarizada. Enquanto os apoiadores de Kirchner, incluindo militantes de sua base, realizaram protestos e manifestações em várias partes do país, figuras da oposição, como o ex-presidente Maurício Macri, celebraram a decisão como um triunfo da justiça. Macri afirmou que o dia era triste, mas necessário, ressaltando a importância de que "os mecanismos da República funcionem".

Além disso, o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, descreveu o dia como "um dia negro para a democracia", argumentando que a condenação de Kirchner é parte de uma estratégia mais ampla para silenciar vozes críticas e desestabilizar o peronismo. Kicillof e outros líderes do movimento peronista expressaram sua indignação, considerando a decisão uma forma de ataque à democracia e à vontade popular.

O impacto do veredicto se estende além do âmbito judicial, afetando o cenário político argentino em um momento em que o país se prepara para as eleições. A condenação de Kirchner não apenas altera a dinâmica eleitoral, mas também levanta questões sobre a independência do sistema judicial e sua utilização como ferramenta de controle político. A situação é ainda mais complexa considerando o contexto de polarização política que caracteriza a Argentina contemporânea, onde a figura de Kirchner continua a ser central nas disputas ideológicas.

Com a confirmação da pena, a ex-presidente deve se apresentar à Justiça até o dia 19 de junho para iniciar o cumprimento da pena, o que pode gerar novas mobilizações e reações tanto de seus apoiadores quanto de seus opositores. A expectativa é que o desdobramento desse caso continue a influenciar o debate político e social no país, refletindo as tensões entre diferentes setores da sociedade argentina.

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