Navalny revela sua trajetória e os desafios da Rússia pós-URSS em 'Patriota'

Alexei Navalny, crítico do regime de Vladimir Putin, morreu em fevereiro de 2024 em uma colônia penal na Rússia. Aliados do ativista afirmam que ele foi assassinado pelo governo, que buscava silenciar sua voz. A morte de Navalny gerou protestos massivos e uma onda de repressão, com centenas de prisões em todo o país.

Navalny, que havia sido preso e condenado a longas penas, enfrentava condições severas na prisão. Em seus diários, ele relatava a falta de tratamento médico e as dificuldades da vida no sistema penal russo. Sua autobiografia, "Patriota", lançada no Brasil, traz detalhes de sua trajetória, incluindo suas experiências na prisão e reflexões sobre a política russa.

Após sua morte, milhares compareceram ao seu funeral em Moscou, e muitos memoriais foram erguidos em sua homenagem. O governo de Putin intensificou a repressão, fechando instituições e prendendo opositores. A última eleição presidencial, realizada em março de 2023, resultou na reeleição de Putin com quase 90% dos votos, sem a presença de candidatos da oposição.

Navalny se destacou por sua luta contra a corrupção e por mobilizar protestos significativos desde a queda da União Soviética. Ele utilizou redes sociais e plataformas digitais para expor irregularidades do governo, tornando-se um símbolo da resistência. Sua história, marcada por tragédias e desafios, continua a inspirar muitos na Rússia e no exterior.