Alemanha apoia Israel na luta contra o programa nuclear do Irã, diz chanceler

Em meio ao aumento das tensões entre Israel e Irã, o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, declarou apoio à ofensiva militar israelense e sugeriu que a destruição do programa nuclear iraniano pode ser considerada se Teerã não retomar as negociações. As declarações foram feitas durante a cúpula do G7, no Canadá, onde Merz afirmou que Israel está realizando o “trabalho sujo” pela Europa, destacando que o regime iraniano é responsável por morte e destruição.

Merz enfatizou que, sem o apoio do Irã, o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 não teria ocorrido. Ele elogiou o Exército israelense e afirmou que os recentes ataques enfraqueceram o governo iraniano, que pode enfrentar dificuldades para recuperar sua força. O chanceler também observou que, embora não haja uma decisão formal dos EUA sobre uma participação direta nas ações militares contra o Irã, a destruição do programa nuclear é uma possibilidade real.

Apoio Internacional e Consequências

Os líderes do G7, reunidos no Canadá, pediram uma “resolução da crise iraniana” que leve a uma desescalada das hostilidades no Oriente Médio. Eles afirmaram que Israel “tem o direito de se defender”. O Irã, por sua vez, acusou o G7 de ter uma visão tendenciosa. Especialistas apontam que a unidade em relação ao Irã se deve ao alarme na Europa sobre o recente relatório da ONU, que indica que Teerã está mais próximo de desenvolver armas nucleares.

A situação é complexa, com divergências nas avaliações da Inteligência americana sobre o progresso do Irã em seu programa nuclear. Enquanto a Casa Branca sugere que Teerã pode estar a três anos de produzir uma arma nuclear, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã está mais próximo de conseguir um dispositivo nuclear em menos de um ano.

Impactos e Retaliações

Desde o início da ofensiva, Israel tem realizado uma campanha aérea contra alvos estratégicos no Irã, incluindo instalações nucleares. Fontes oficiais iranianas relatam que os ataques resultaram na morte de ao menos 224 pessoas, enquanto os disparos iranianos em retaliação deixaram 24 mortos e mais de 500 feridos em Israel. A escalada do conflito levanta preocupações sobre a estabilidade na região e as possíveis consequências de uma ação militar mais ampla.