EUA impõem restrições e estrangeiros no Brasil temem por suas vidas

Os Estados Unidos impuseram restrições à entrada de cidadãos de 19 países, incluindo Afeganistão e Venezuela, sob a justificativa de combater a permanência irregular de imigrantes. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, gera apreensão entre migrantes que já residem no país, com sugestões de autodeportação e cancelamento de vistos temporários.

A proibição afeta não apenas os cidadãos dos países listados, mas também gera incertezas para migrantes em outros locais, como o Brasil. Shabir Ahmad Niazi, um afegão que vive no Brasil há dois anos, expressou sua preocupação: "A nova decisão de Trump causou muito medo e incerteza para a minha família e muitos afegãos que tentam chegar aos EUA". O Afeganistão enfrenta uma grave crise humanitária, e a restrição de entrada agrava a situação de refugiados que já enfrentam deportações em países vizinhos.

Além do Afeganistão, cidadãos de Birmânia, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen também estão incluídos na proibição. Maria, uma venezuelana que reside no Brasil, relatou sua apreensão em relação a viagens aos EUA. "Tenho meu visto americano válido, mas agora temo ser barrada por conta dessa nova medida", afirmou.

Trump também sugeriu que migrantes que já estão nos EUA se "autodeportem", cancelando vistos de permanência temporária de mais de meio milhão de imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela. Essa ação ocorre após um programa humanitário do governo anterior que permitiu a entrada legal de alguns venezuelanos.

As novas medidas de imigração provocaram protestos em várias cidades dos EUA, como Los Angeles, Nova Iorque e Chicago. As manifestações foram reprimidas pelas autoridades locais, com toque de recolher decretado em Los Angeles. A situação continua a evoluir, com muitos migrantes enfrentando um futuro incerto.