17 de jun 2025


A morte do aiatolá não garante a queda do regime iraniano
Trump não descarta a eliminação de Khamenei, enquanto Netanyahu pressiona por uma mudança de regime no Irã amid crescente tensão.
Foto: Reprodução
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Donald Trump afirmou que não planeja matar o aiatolá Ali Khamenei "ao menos por enquanto" e sugeriu que ele se rendesse incondicionalmente. A declaração foi feita em meio ao aumento das pressões israelenses para que os Estados Unidos se envolvam no conflito com o Irã. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu a mudança de regime no país persa, afirmando que a eliminação de Khamenei poderia acabar com os ataques.
As tensões entre Israel e Irã se intensificaram desde o dia 13 de junho, com uma série de bombardeios que resultaram em mortes em ambos os lados. As hostilidades ocorrem em um contexto de estagnação nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, que foram suspensas após os ataques israelenses. Netanyahu agora sugere que a população iraniana se revolte contra seus líderes.
Pressões e Consequências
A postura de Netanyahu foi reforçada por Trump, que, segundo a imprensa americana, inicialmente teria vetado um plano de ataque, mas agora utiliza a ideia como uma forma de pressão para que o Irã retorne às negociações. A sociedade iraniana se mostra dividida, com alguns defendendo o regime e outros temendo as consequências de um conflito armado.
O pesquisador Mohsen Ghasemi, do Instituto Português de Relações Internacionais, alerta que a eliminação de Khamenei poderia fortalecer ainda mais os radicais dentro do Irã. "Se Khamenei for eliminado, vai continuar com ainda mais radicais dentro do Irã," afirmou Ghasemi. O cenário atual reflete a complexidade das relações entre os dois países, onde a busca por um novo acordo nuclear se entrelaça com a dinâmica interna do Irã.
Futuro Incerto
O futuro das relações entre Israel e Irã permanece incerto, com a possibilidade de novos desdobramentos no horizonte. As ações de ambos os lados podem ter repercussões significativas, não apenas para a região, mas também para a política internacional. A situação exige atenção, pois as tensões podem escalar rapidamente, afetando a estabilidade no Oriente Médio.
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