18 de jun 2025

Israel defende mudança de regime no Irã diante da incerteza pós-Khamenei
Israel intensifica ataques ao Irã, visando líderes e instalações militares, enquanto discute a possibilidade de um levante popular no país.
Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em coletiva de imprensa em Tel Aviv, Israel - 13/07/2024 (Foto: Nir Elias/Pool via Getty Images)
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O governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, intensificou sua ofensiva militar contra o Irã, visando eliminar líderes e instalações militares. As ações ocorrem em um contexto de crescente tensão, onde Netanyahu e Donald Trump discutem a possibilidade de um levante popular no Irã e a morte do aiatolá Ali Khamenei.
Embora Israel afirme que a derrubada do regime iraniano não é um objetivo explícito, as declarações de seus líderes indicam o contrário. O premier Netanyahu mencionou que a morte de Khamenei poderia, na verdade, encerrar o conflito. Recentemente, Israel lançou ataques que resultaram na morte de mais de 220 pessoas e na evacuação de milhares de civis de Teerã. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que a capital iraniana "queimaria" se os ataques continuassem.
A situação é complexa, pois a derrubada do regime dos aiatolás não garante que os sucessores sejam favoráveis a Israel ou aos EUA. Especialistas alertam que uma mudança de liderança poderia resultar em figuras ainda mais hostis. A morte de Khamenei, embora considerada um golpe ao regime, pode não levar a uma transição pacífica, já que a Guarda Revolucionária poderia se fortalecer.
Reações Internas e Externas
A população iraniana, em grande parte, rejeita o regime, mas a guerra pode unir os cidadãos em torno do governo. Uma moradora de Teerã expressou que a liberdade não vem de bombardeios, enquanto a vencedora do Nobel da Paz, Narges Mohammadi, pediu para que não se destrua a cidade. A oposição no exterior, embora tenha influência, parece ter pouco poder para derrubar a República Islâmica.
Movimentos étnicos, como os curdos, têm se articulado para desestabilizar o regime, mas a maioria da população, mesmo oposta ao governo, tende a se unir em tempos de agressão externa. A história mostra que invasões muitas vezes fortalecem o apoio ao governo, e a atual ofensiva israelense pode ter o mesmo efeito.
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