18 de jun 2025

Conflito Irã-Israel se intensifica com ataques cibernéticos a bancos e criptomoedas
Grupo hacker Predatory Sparrow ataca Bank Sepah e Nobitex, causando roubo de US$ 81 milhões e instabilidade na internet iraniana.
Um cartaz com a imagem do Comandante-em-Chefe do IRGC, Hossein Salami, exibido em frente a uma agência do Banco Sepah em Teerã, em 17 de junho. (Foto: Fatemeh Bahrami/Anadolu/Getty Images/Via Bloomberg)
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A escalada do conflito digital entre Israel e Irã ganhou novos contornos com um ataque cibernético realizado pelo grupo hacker pró-Israel Predatory Sparrow. Na terça-feira, 17 de outubro, a ofensiva mirou o Bank Sepah, um dos principais bancos iranianos, e resultou em uma violação significativa da infraestrutura crítica do país. A agência estatal IRIB confirmou a ação, que foi seguida por uma invasão à corretora de criptomoedas Nobitex no dia seguinte.
Nos últimos dias, o Irã enfrentou mais de 6.700 ataques de negação de serviço (DDoS), conforme relatado pela agência Fars, vinculada à Guarda Revolucionária Islâmica. Para conter os efeitos, as autoridades impuseram restrições temporárias à internet, levando a uma instabilidade generalizada. Usuários relataram dificuldades no acesso à internet e falhas em serviços bancários, como caixas eletrônicos e plataformas online.
Impacto dos Ataques
O grupo Predatory Sparrow justificou suas ações alegando que o Bank Sepah estaria ajudando a contornar sanções internacionais. Após o ataque, a corretora Nobitex confirmou acessos não autorizados a seus sistemas, resultando em um roubo estimado de US$ 81 milhões em criptoativos. A corretora prometeu ressarcir os usuários afetados, enquanto o Bank Sepah não se manifestou sobre o incidente.
Desde 2021, o Predatory Sparrow tem se destacado por suas ofensivas cibernéticas contra o Irã, atingindo alvos estratégicos como ferrovias e postos de gasolina. O grupo também se utiliza das redes sociais para amplificar o impacto psicológico de suas ações. Após o ataque ao Bank Sepah, publicou uma mensagem desafiadora, enfatizando as consequências para instituições que apoiam o regime iraniano.
Rivalidade Cibernética
A rivalidade entre Israel e Irã no campo cibernético não é nova. Desde o famoso ataque do vírus Stuxnet em 2010, que sabotou o programa nuclear iraniano, ambos os países têm se engajado em uma guerra digital. O Irã, por sua vez, também tem realizado campanhas de phishing e desinformação contra Israel, embora com eficácia variável. A atual escalada de ataques evidencia a crescente importância da cibersegurança e das operações digitais na geopolítica contemporânea.
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