EUA desenvolvem bomba de 14 toneladas capaz de atingir laboratórios nucleares do Irã

A instalação nuclear de Fordow, no Irã, é uma das mais protegidas do mundo, localizada em uma montanha e projetada para resistir a ataques. Os Estados Unidos possuem a bomba GBU-57/B, uma arma de 13.600 quilos, capaz de atingir alvos subterrâneos. Essa bomba, conhecida como "bunker buster", é considerada a única com potencial para incapacitar o programa nuclear iraniano, que opera em locais fortificados.

Recentemente, o Irã intensificou suas defesas ao cavar túneis próximos à instalação de Natanz, onde imagens de satélite indicam que o país pode ter produzido urânio com pureza de 83,7%, próximo do nível necessário para armas nucleares. A construção dos túneis começou após a retirada dos EUA do acordo nuclear em 2018, quando o então presidente Donald Trump alegou que o pacto não abordava o programa de mísseis iraniano.

A Bomba GBU-57/B

A GBU-57/B Massive Ordnance Penetrator é capaz de penetrar até 60 metros de profundidade sem detonar. A Força Aérea dos EUA possui várias variantes dessa bomba, sendo o MOP a mais recente. Em 2022, a Força Aérea corrigiu problemas de integração do MOP com o bombardeiro B-2 Spirit, a única aeronave autorizada a lançá-la. Essa atualização incluiu uma nova "espoleta inteligente", aumentando a eficácia da bomba em alvos subterrâneos.

Embora o MOP represente um poder de dissuasão significativo, especialistas alertam que ele pode não ser suficiente para desmantelar totalmente o programa nuclear iraniano. Mesmo que ataques militares consigam destruir instalações, o conhecimento sobre enriquecimento de urânio e tecnologia de reatores permaneceria intacto.

Desdobramentos e Implicações

A instalação de Natanz, que já foi alvo de ataques, é protegida por baterias antiaéreas e pela Guarda Revolucionária do Irã. Especialistas estimam que a profundidade da instalação varia entre 80 a 100 metros, o que a torna menos vulnerável ao MOP. Além disso, a construção de túneis sugere que o local pode ser utilizado para enriquecer urânio, não apenas para a fabricação de centrífugas.

Desde a saída dos EUA do acordo nuclear, o Irã tem aumentado seu nível de enriquecimento de urânio, alegando que chegou a 60%. No entanto, a descoberta de partículas com 83,7% de pureza levanta preocupações sobre a possibilidade de desenvolvimento de armas nucleares. A situação continua a evoluir, refletindo a complexidade das relações internacionais e os desafios de segurança na região.