Israel ataca Gaza e deixa 15 mortos que esperavam por ajuda humanitária

Novos ataques das Forças de Israel na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 25 pessoas nesta terça-feira, 24 de outubro. Entre as vítimas, 15 indivíduos aguardavam ajuda alimentar próxima a um centro de distribuição na região central de Gaza, conforme relatou a Defesa Civil local.

Os disparos ocorreram por volta da 1h da manhã (19h em Brasília) e atingiram um ponto de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), operada por EUA e Israel. O porta-voz da Defesa Civil, Mohamed al Mughayyir, informou que os ataques foram realizados por tanques e drones israelenses, surpreendendo os palestinos que se aglomeravam no local. Além dos mortos, 60 pessoas ficaram feridas.

Contexto dos Ataques

A GHF, que começou suas operações em maio, enfrenta críticas por sua abordagem na distribuição de ajuda. A fundação opera com apenas quatro pontos de distribuição, em contraste com os 400 existentes sob a coordenação da ONU antes do bloqueio imposto por Israel. A escassez de alimentos e medicamentos em Gaza tem gerado uma grave crise humanitária, com a população lutando para acessar recursos básicos.

Em outros ataques realizados na mesma data, mais 10 pessoas foram mortas em diferentes localidades de Gaza, incluindo um prédio residencial e o campo de refugiados de Al-Shati. A situação se agrava à medida que o conflito entre Israel e Hamas se intensifica, com a ONU e organizações internacionais denunciando a crescente violência e suas consequências devastadoras para os civis.

Reações e Consequências

O Exército de Israel afirmou que está "analisando" os eventos, enquanto testemunhas relatam que os disparos se intensificaram sem aviso. A GHF, embora tenha o apoio de potências ocidentais, é alvo de críticas por supostamente condicionar a ajuda a objetivos políticos, levando o Hamas a alertar a população a não cooperar com a organização.

Nos últimos meses, centenas de palestinos foram mortos enquanto tentavam acessar pontos de distribuição de ajuda, evidenciando a gravidade da situação humanitária em Gaza. Médicos locais relatam que a violência continua a impactar a vida dos civis, que buscam desesperadamente assistência em meio ao conflito.