22 de jun 2025

Crise entre EUA e Irã remete a conflitos do passado e gera preocupações globais
EUA intensificam acusações contra Irã por armas nucleares, priorizando diplomacia em vez de ação militar direta.

Saddam Hussein, ex-presidente do Iraque, que foi capturado e morto em meio à invasão americana (Foto: Getty Images)
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A tensão entre Estados Unidos e Irã se intensifica, evocando memórias da invasão do Iraque em 2003. Naquela época, os EUA alegaram que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa e invadiram o país. Agora, os EUA acusam o Irã de buscar desenvolver armas nucleares, mas a abordagem é diferente.
Em 2003, os EUA estavam imersos na Guerra ao Terror, após os ataques de 11 de setembro. A invasão do Afeganistão foi seguida pela avaliação de que outros países do Oriente Médio poderiam ser alvos fáceis. Saddam Hussein, com seu histórico de agressões, tornou-se um alvo. Ao contrário da invasão do Iraque, onde os EUA contaram com apoio da OTAN, a atual ação contra o Irã é feita em coordenação apenas com Israel, sem apoio europeu.
Os aliados europeus, em vez de apoiar uma ação militar, defendem uma solução diplomática. Isso reflete uma mudança significativa na estratégia americana, que agora não busca a derrubada do regime iraniano, mas sim a eliminação do programa nuclear do país. O governo de Donald Trump enfatizou que o foco é impedir o desenvolvimento nuclear, evitando uma invasão completa.
A experiência no Iraque, onde os EUA permaneceram até 2011, deixou lições amargas. A invasão inicial resultou em uma crise prolongada, com milhares de soldados americanos mortos e a ausência das armas prometidas. A retirada das tropas levou ao surgimento do Estado Islâmico, forçando os EUA a retornar para combater o grupo terrorista.
A situação atual no Irã, portanto, é marcada por um cenário complexo, onde a diplomacia é priorizada em vez de uma ação militar direta. A história recente sugere que os desafios no Oriente Médio são profundos e multifacetados, exigindo uma abordagem cuidadosa e estratégica.
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