Especialistas não acreditam que o ataque ao Irã leve para a Terceira Guerra Mundial (Foto: Charles Levy)

Especialistas não acreditam que o ataque ao Irã leve para a Terceira Guerra Mundial (Foto: Charles Levy)

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EUA atacam Irã e Rússia alerta sobre riscos de conflito global crescente - EUA atacam Irã e Rússia alerta sobre riscos de conflito global crescente

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Os Estados Unidos realizaram ataques a instalações nucleares do Irã, aumentando as tensões no Oriente Médio. Especialistas afirmam que, apesar do clima de incerteza, a Terceira Guerra Mundial é improvável, devido à falta de interesse e capacidade militar das superpotências.

O professor de Relações Internacionais da USP, Kai Enno Lehmann, destaca que China e Estados Unidos possuem poderio militar, mas um conflito global não é do interesse de nenhum deles. A Europa e a Rússia, por sua vez, não têm condições de se envolver em uma guerra em larga escala. Lehmann observa que a Europa está dividida sobre como reagir aos ataques, o que dificulta uma resposta unificada.

A PhD em Relações Internacionais, Carolina Pavese, também acredita que a Terceira Guerra Mundial é improvável. Ela menciona que, embora os conflitos regionais possam ocorrer, a presença de superpotências não necessariamente leva a um confronto direto. Exemplos como a Síria e a Ucrânia mostram que, mesmo com interesses opostos, os países não se envolveram em uma guerra global.

Reação do Irã

Em resposta aos ataques, o parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, uma rota crucial para o transporte de petróleo. Essa decisão ainda precisa da aprovação do líder supremo, Ali Khamenei. A medida pode ter um impacto significativo no comércio global, já que cerca de 20% do petróleo mundial passa por essa via.

A pressão interna no Irã para responder aos ataques é alta, mas fechar o estreito pode prejudicar suas relações com aliados como China, Rússia e Índia. Pavese ressalta que essa ação poderia elevar os preços do petróleo, afetando negativamente a economia global.

Cenário Geopolítico

A situação atual é complexa, com Rússia e China oferecendo apoio indireto ao Irã, mas evitando um envolvimento militar direto. O professor Fernando Brancoli, da UFRJ, afirma que ambos os países têm interesse em evitar um conflito que possa comprometer suas relações com os Estados Unidos.

A dinâmica global e as prioridades econômicas de Pequim e Moscou tornam um conflito em larga escala indesejável. A interdependência econômica entre as potências também atua como um fator de contenção. A busca por soluções diplomáticas continua a ser a abordagem preferida, enquanto o mundo observa as repercussões dos recentes ataques.

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