22 de jun 2025




Atentado suicida em igreja na Síria deixa cristãos mortos e provoca pânico
Atentado suicida na Igreja Mar Elias, em Damasco, aumenta a violência contra minorias religiosas na Síria. Estado Islâmico reivindica o ataque.

Ataque terrorista deixou pelo menos 20 mortos em igreja na Síria. (Foto: Captura de tela/YouTube/Telly Guru)
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Pelo menos 20 pessoas morreram e 52 ficaram feridas em um atentado suicida na Igreja Mar Elias, em Damasco, neste domingo (22). O ataque, atribuído a um membro do Estado Islâmico, ocorreu durante uma celebração religiosa, quando o agressor disparou contra os fiéis antes de detonar um colete explosivo.
O Ministério do Interior da Síria confirmou que o autor do ataque estava vinculado ao grupo jihadista. Imagens do local mostram o altar danificado e bancos cobertos de estilhaços e sangue. A Defesa Civil Síria divulgou imagens que evidenciam a gravidade da destruição.
Testemunhas relataram momentos de pânico. Uma delas descreveu que o agressor entrou armado e começou a atirar, enquanto outros tentavam contê-lo. O ataque é o primeiro desse tipo na capital desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024.
Contexto da Violência
Desde o início da guerra civil em 2011, cerca de 80% da população cristã da Síria deixou o país. A situação se agravou com a ascensão de grupos islâmicos ao poder, tornando a vida dos cristãos cada vez mais difícil. O novo presidente interino, Ahmed al-Sharaa, que lidera o grupo Hayat Tahrir al-Sham, prometeu proteger as minorias religiosas, mas a violência sectária tem aumentado.
Relatórios da ONU indicam um cenário alarmante, com famílias inteiras sendo assassinadas. O Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou preocupação com a situação das minorias, incluindo cristãos, alauítas e drusos, que estão fugindo de suas casas.
Reações e Consequências
O Patriarcado Ortodoxo Grego de Antioquia lamentou as mortes e pediu que as autoridades sírias garantam a segurança das igrejas. O ministro do Interior, Anas Khattab, classificou o ataque como um "crime reprovável" e afirmou que investigações estão em andamento.
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, condenou o atentado e pediu unidade contra o terrorismo. Apesar das promessas do novo governo, a ameaça do Estado Islâmico permanece alta, com a ONU alertando que o grupo ainda possui entre 1.500 e 3.000 combatentes na região.
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