Imagens de satélite revelam danos em instalações nucleares do Irã após ataques

Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos em três instalações nucleares no Irã na madrugada deste sábado (21), marcando a entrada oficial dos EUA na guerra entre Israel e Irã. Os alvos foram Natanz, Isfahan e Fordow, com o objetivo de atrasar o programa nuclear iraniano.

Imagens de satélite da Maxar Technologies revelaram danos significativos nas instalações, especialmente em Fordow, onde foram utilizadas 14 bombas GBU-57, conhecidas como bombas fura-bunker. As imagens mostram crateras e mudanças na superfície, indicando a destruição de túneis subterrâneos. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que não houve vazamento radioativo após os bombardeios.

Os ataques dos EUA seguem uma série de bombardeios israelenses que começaram na quinta-feira passada, visando alvos militares e nucleares iranianos. O Pentágono informou que as instalações atingidas sofreram "danos severos". A infraestrutura elétrica de Natanz foi destruída, o que pode ter comprometido as centrífugas no local.

Contexto do Conflito

O Irã minimizou os danos, afirmando que a instalação de Fordow já havia sido evacuada. No entanto, a AIEA alertou que um ataque a usinas nucleares poderia resultar em uma "liberação muito alta de radioatividade". O presidente Donald Trump declarou que as instalações nucleares iranianas foram "completamente" destruídas e ameaçou novos ataques caso o Irã não busque a paz.

Desde a retirada dos EUA do acordo nuclear em 2018, o Irã tem expandido seu programa de enriquecimento, alcançando níveis de até 60% de pureza físsil. A situação continua a gerar tensões internacionais, com o Irã sob vigilância constante devido ao seu programa nuclear.

Os bombardeios recentes resultaram na morte de altos oficiais e cientistas iranianos envolvidos no programa nuclear. Em resposta, o Irã lançou mísseis e drones, muitos dos quais foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea israelenses. A escalada do conflito entre Irã e Israel levanta preocupações sobre a segurança regional e as implicações de um possível ataque a instalações nucleares.