Trump intensifica prisões de iranianos nos EUA por meio da agência migratória

Agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) realizaram uma operação que resultou na prisão de 11 imigrantes iranianos em um intervalo de 48 horas. A ação, que ocorreu em nove cidades de oito estados, teve início no último domingo e incluiu a detenção de um ex-membro da Guarda Revolucionária Islâmica e um colaborador do Hezbollah.

Entre os detidos, Mehran Makari Saheli, foi preso em Minnesota. Ele é acusado de ter conexões com o Hezbollah, grupo considerado terrorista. O ICE informou que cinco dos presos já possuíam condenações criminais, que variam de furto qualificado a posse de drogas e armas. Outro detido, Yousef Mehridehno, estava vivendo irregularmente nos EUA há quase oito anos e foi capturado no Mississippi, após ser foragido desde fevereiro.

Detenções e Ameaças

Na mesma operação, Ribvar Karmi foi preso no Alabama com um cartão de identificação do Exército iraniano. Ele serviu como atirador de elite entre 2018 e 2021 e entrou nos EUA com um visto K-1. Karmi agora aguarda processos de deportação sob custódia do ICE. Além dos iranianos, a cidadã americana Linet Vartaniann foi detida por ameaçar agentes de imigração, afirmando que abriria fogo caso eles entrassem em sua residência.

As autoridades do ICE não associaram as prisões a células terroristas, embora afirmem que todos os detidos representam uma ameaça à segurança pública. O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) declarou que, apesar das tensões com o Irã, não há ameaças atuais ao território americano. O ICE planeja aumentar o número de prisões de imigrantes, com uma meta de 3.000 detenções diárias.