24 de jun 2025




Otan aprova aumento de gastos militares após pressão de Trump na cúpula
O aumento dos gastos da Otan para 5% do PIB até 2035 gera tensões, especialmente com a resistência da Espanha em elevar seus investimentos.

Israel promete manter cessar-fogo enquanto houver reciprocidade por parte do Irã (Foto: Reprodução)
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Cercada de tensões geopolíticas, a Otan anunciou um aumento significativo em seus gastos com Defesa, estabelecendo uma nova meta de 5% do PIB até 2035. A decisão foi formalizada durante uma cúpula em Haia, na presença de líderes de 32 países, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump.
Trump, que criticou a Espanha por não atingir a meta anterior de 2,1%, enfatizou a necessidade de um compromisso mais robusto com a segurança coletiva. "A Espanha não está de acordo [com o aumento dos gastos para 5%], o que é muito injusto para o resto da Aliança", afirmou o presidente americano. Ele também destacou que os Estados Unidos representam 62% do total de gastos da Otan.
Estrutura do Novo Compromisso
O novo objetivo de gastos será dividido em duas partes: 3,5% para despesas militares diretas e 1,5% para investimentos em áreas como cibersegurança e infraestrutura. Essa estrutura visa fortalecer a capacidade de defesa da aliança em um cenário de crescente ameaça russa e desafios globais.
A cúpula também abordou a situação da Ucrânia, com líderes reafirmando o apoio contínuo ao país. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, anunciou que um novo pacote de sanções contra a Rússia está em andamento. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, celebrou a mobilização de 800 bilhões de euros para investimentos na defesa.
Desafios e Reações
Apesar do consenso entre muitos líderes, a posição da Espanha gerou debates. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reiterou que seu país investirá 2,1% e que um aumento para 5% poderia comprometer seu modelo social. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, ofereceu flexibilidade à Espanha, mas a situação permanece delicada.
A nova meta de gastos representa uma mudança significativa nas prioridades da Otan, impulsionada pela pressão dos EUA e pela necessidade de adaptação às novas dinâmicas de segurança. A cúpula em Haia não apenas solidificou a posição de Trump, mas também redefiniu o papel da aliança em um mundo em transformação.
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