25 de jun 2025




Otan discute aumento de gastos com defesa em cúpula histórica sob pressão global
OTAN aumenta gastos com defesa para 5% do PIB até 2035, mas Espanha se recusa a seguir a meta, gerando tensões internas na aliança.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, recebeu os 32 líderes em seu país natal - Foto: NICOLAS TUCAT/AFP
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A cúpula da OTAN, realizada em Haia nos dias 24 e 25 de outubro, resultou em um compromisso histórico: 31 países da aliança militar se comprometeram a aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB até 2035. O encontro foi marcado pela pressão dos Estados Unidos, liderados pelo presidente Donald Trump, que reafirmou seu apoio à segurança coletiva.
O principal objetivo do acordo é elevar os gastos de defesa, atualmente em 2%, com 3,5% destinados a capacidades militares e 1,5% a despesas relacionadas à defesa. Essa meta será revisada anualmente, com uma avaliação mais abrangente programada para 2029. A declaração final não incluiu uma condenação direta à Rússia, refletindo a abordagem mais conciliatória de Trump em relação a Moscou.
Implicações do Acordo
Os líderes da OTAN destacaram a importância da segurança coletiva, reiterando que um ataque a um membro é considerado um ataque a todos, conforme o Artigo 5. Apesar da unidade demonstrada, a Espanha foi a única nação a não se comprometer com o aumento, mantendo seus gastos em 2,1% do PIB. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu que esse valor é suficiente para o modelo social do país.
Trump, por sua vez, criticou a Espanha por não atender às expectativas de gastos, sugerindo que Madrid poderia enfrentar consequências em futuras negociações comerciais. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, elogiou a decisão de aumentar os investimentos, atribuindo a Trump um papel fundamental na mobilização dos aliados para essa mudança.
Relações Internacionais
A cúpula também evidenciou as tensões internas entre os membros da aliança. Enquanto alguns países estão dispostos a aumentar seus investimentos, outros, como a Espanha, resistem a atender às demandas dos Estados Unidos. A situação reflete a complexidade das relações internacionais e a necessidade de um equilíbrio nas contribuições financeiras para a segurança coletiva.
O compromisso de aumentar os gastos com defesa representa um passo significativo para a OTAN, que busca se adaptar a um cenário global em constante mudança, especialmente diante das ameaças da Rússia. A cúpula em Haia, portanto, não apenas reforçou os laços entre os membros, mas também expôs as divisões que ainda persistem na aliança.
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