Política

Argentina reavalia apoio a Israel após traumas de atentados recentes

Milei apoia ofensiva dos EUA contra o Irã, levantando preocupações sobre riscos de envolvimento militar da Argentina em conflitos externos.

Equipe de resgate trabalha sobre escombros do prédio da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em Buenos Aires (Foto: Enrique Marcarian - 18.jul.94/Files/Reuters)

Equipe de resgate trabalha sobre escombros do prédio da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em Buenos Aires (Foto: Enrique Marcarian - 18.jul.94/Files/Reuters)

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Os cerca de 14 mil km que separam a Argentina do Irã não impediram o presidente Javier Milei de expressar apoio à ofensiva dos Estados Unidos contra o país persa. A postura do presidente, que também reafirmou seu apoio a Israel, gera preocupações em Buenos Aires, especialmente considerando o histórico de atentados que resultaram em 114 mortes entre 1992 e 1994.

Os atentados à embaixada de Israel e à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina) ainda são lembrados na sociedade argentina. Em 2022, a Justiça responsabilizou o Irã pelos ataques, que foram considerados ordens do governo de Teerã e executados pelo Hezbollah. Recentemente, Milei compartilhou mensagens nas redes sociais apoiando a ofensiva militar dos EUA, após uma visita a Israel, onde se reuniu com líderes israelenses.

Reações e Críticas

Após retornar à Argentina, Milei defendeu a ação militar contra o Irã, afirmando que era uma questão de "salvação da cultura ocidental". O ministro da Defesa, Luis Petri, também manifestou apoio à investida de Donald Trump, o que foi amplamente compartilhado por influenciadores e membros do governo.

Entretanto, a oposição expressou preocupações sobre a declaração de Milei, ressaltando que ele não pode classificar o Irã como inimigo sem autorização do Congresso, conforme a Constituição. O Partido Justicialista repudiou a postura do presidente, alertando que isso expõe o país a riscos de violência e contraria os interesses nacionais.

Contexto Histórico

A escalada de tensões no Oriente Médio é vista como preocupante por analistas e políticos. O ex-ministro do Interior, Federico Storani, criticou a posição de Milei, comparando-a a decisões do passado que resultaram em atentados em solo argentino. Storani defendeu a necessidade de uma abordagem diplomática que priorize a coexistência pacífica na região, em vez de um alinhamento militar com potências estrangeiras.

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