Forças ucranianas interrompem avanço russo na região de Sumy, afirma comandante militar

O general Oleksandr Syrskyi, comandante do exército da Ucrânia, anunciou que as tropas ucranianas conseguiram estabilizar a linha de combate na região de Sumy, no nordeste do país. Durante uma visita ao front, ele afirmou que a ofensiva russa no local foi "sufocada", mas alertou para a necessidade urgente de fortificações adicionais devido à crescente pressão das forças russas.

Syrskyi destacou que, apesar dos avanços ucranianos, a situação permanece "volátil". O porta-voz da Guarda de Fronteira, Andriy Demchenko, também mencionou que a pressão russa na região está diminuindo, mas a urgência em reforçar as defesas é evidente. Sumy, que faz fronteira com a região russa de Kursk, foi alvo de ataques intensos, incluindo um ataque com mísseis que resultou na morte de pelo menos 34 pessoas em abril.

Fortificações Necessárias

O general enfatizou a importância de construir "zonas de morte" e corredores anti-drone para proteger as tropas ucranianas e garantir logística mais confiável. Ele reconheceu que as melhorias nas fortificações devem ser feitas de forma mais eficiente, uma vez que a falta de defesas adequadas permitiu que as forças russas avançassem em várias áreas no início da invasão.

A Rússia, por sua vez, tem intensificado seus esforços na região de Sumy desde que o presidente Vladimir Putin anunciou planos para criar "zonas de segurança" ao longo da fronteira. Em maio, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky informou que cerca de 50 mil soldados russos estavam concentrados na fronteira, planejando estabelecer uma zona de buffer de 10 km.

Situação Atual

Nos últimos meses, a Rússia alegou ter capturado várias vilas e intensificado os ataques aéreos em Sumy. A análise do grupo DeepState, que monitora os conflitos, indicou que os combates estão ocorrendo em áreas desprotegidas, e as críticas sobre a qualidade das fortificações não podem mais ser ignoradas.

Enquanto isso, as negociações entre Ucrânia e Rússia resultaram em trocas de prisioneiros, mas não avançaram em direção a um cessar-fogo. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, anunciou que aliados europeus e canadenses prometeram € 35 bilhões para apoiar a Ucrânia, embora haja incertezas sobre o comprometimento do presidente dos EUA, Donald Trump, com a causa ucraniana.