Política

Nova lei da UE contra tráfico de antiguidades entra em vigor em 28 de junho

Nova regulamentação da União Europeia exige rigorosa documentação para importação de bens culturais, afetando colecionadores e comerciantes de arte.

Shows como a exposição 'Sirva os Deuses do Egito' no Museu de Grenoble, na França, em 2018, podem ser mais difíceis de organizar no futuro. (Foto: JEAN-PIERRE CLATOT/AFP via Getty Images)

Shows como a exposição 'Sirva os Deuses do Egito' no Museu de Grenoble, na França, em 2018, podem ser mais difíceis de organizar no futuro. (Foto: JEAN-PIERRE CLATOT/AFP via Getty Images)

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A nova regulamentação da União Europeia, Regulamentação 2019/880, entra em vigor neste sábado, visando combater o comércio ilícito de bens culturais. A lei foi criada em resposta ao saque de patrimônio cultural na Síria e no Iraque e impõe requisitos rigorosos para a importação de bens culturais.

A regulamentação exige que qualquer parte que importe bens culturais de fora da UE cumpra “exigências de diligência aumentada”. Os bens culturais incluem artes plásticas, antiguidades e itens colecionáveis. Um documento da Lockton, empresa de seguros, destaca que a lei busca enfrentar o comércio ilegal proveniente de países em conflito, onde os bens podem ter sido negociados por organizações criminosas.

Os bens culturais são classificados em três categorias: 1) aqueles exportados ilegalmente de países terceiros, 2) produtos de escavações arqueológicas com mais de 250 anos, e 3) bens com mais de 200 anos e valor acima de €18.000. Para a segunda categoria, será necessário obter uma licença de importação, enquanto a terceira requer uma declaração do importador confirmando a legalidade da exportação.

Impactos na Comunidade Artística

A implementação da nova lei dependerá das ações dos Estados-membros da UE. O não cumprimento pode resultar em apreensões e consequências legais para comerciantes de arte e colecionadores. “Se os importadores não apresentarem a documentação necessária, toda a remessa pode ser apreendida”, alerta Will Ferrer, da Lockton. Isso pode levar colecionadores a serem mais cautelosos ao emprestar obras.

Embora a regulamentação preveja isenções para fins educacionais e de pesquisa, a implementação da regulamentação 2021/1079 limita essas isenções a empréstimos temporários de museus fora da UE. Eike Schmidt, diretor do Museo e Real Bosco di Capodimonte, aponta a “falta de infraestrutura administrativa” para a aplicação eficaz da nova lei.

A nova regulamentação também exige registros digitais para aumentar a transparência e a rastreabilidade através de um banco de dados internacional. Profissionais da arte expressam preocupações sobre a complexidade administrativa que a lei pode trazer, especialmente para obras com documentação incompleta.

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