Política

Atentado em igreja na Síria intensifica insegurança entre cristãos após queda de Assad

Atentado em Damasco aumenta insegurança entre cristãos, que já enfrentam queda populacional significativa na Síria.

Fiéis participam de cerimônia em homenagem às vítimas do ataque suicida na igreja Mar Elias, que deixou ao menos 25 mortos durante a missa de domingo, em Damasco, na Síria (Foto: Monsef Memari - 23.jun.25/Xinhua)

Fiéis participam de cerimônia em homenagem às vítimas do ataque suicida na igreja Mar Elias, que deixou ao menos 25 mortos durante a missa de domingo, em Damasco, na Síria (Foto: Monsef Memari - 23.jun.25/Xinhua)

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Um atentado suicida na igreja de Mar Elias, em Damasco, resultou em 25 mortos e 63 feridos no último domingo (22). Este ataque, atribuído ao Estado Islâmico, é o mais letal contra a comunidade cristã desde a queda do regime de Bashar al-Assad. O incidente ocorreu durante uma missa, quando o autor disparou contra os fiéis antes de detonar explosivos.

O governo sírio anunciou a prisão de suspeitos envolvidos no ataque, incluindo o responsável por facilitar a entrada do suicida na igreja. O porta-voz do Ministério do Interior, Noureddine al-Baba, destacou que o ataque visa não apenas os cristãos, mas todos os sírios, independentemente de sua religião. O ministério já havia frustrado tentativas de atentados em locais sagrados, como o santuário de Sayyida Zeinab.

Reações e Medidas de Segurança

Tom Barrack, embaixador dos Estados Unidos na Turquia, condenou o ataque, afirmando que atos de violência não têm lugar na nova sociedade síria. O coordenador da ONU na Síria, Adam Abdelmoula, pediu que as autoridades tomem medidas para proteger os civis e responsabilizar os culpados.

Karam Abou Janb, testemunha do ataque, relatou ter visto homens armados atirando e a explosão que se seguiu. A cena deixou muitos feridos e causou pânico entre os presentes. O governo sírio, por meio do líder Ahmed al-Sharaa, prometeu mobilizar forças de segurança para capturar os responsáveis e restaurar a ordem.

Insegurança da Comunidade Cristã

O atentado reacendeu os temores entre os cristãos na Síria, que já enfrentam uma significativa diminuição de sua população, de 1,5 milhão antes da guerra civil para cerca de 400 mil atualmente. O bispo da Igreja Ortodoxa Síria, Augeen al-Kass, expressou preocupação com a segurança da comunidade, afirmando que o medo não se limita a este ataque, mas se estende ao futuro da presença cristã na região.

Embora o novo governo tenha tentado tranquilizar as minorias, a escalada da violência sectária continua a ser um desafio. Conflitos recentes entre diferentes grupos religiosos e a falta de um processo de justiça efetivo dificultam a reconciliação e a estabilidade no país.

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